domingo, 30 de março de 2014

Autor de Guerra dos Tronos, George R.R. Martin lança trecho de um capitulo e "para a internet"

Por Daisy Wyatt
(Tradução: Nosso Clube do Livro)

Autor revelou capítulo do próximo romance, The Winds of Winter.
O autor de Guerra dos Tronos, George R.R. Martin, lançou uma curta prévia do seu novo livro The Winds of Winter (algo em português como Os Ventos do Inverno*).

O trecho, intitulado "Mercy" ("Misericórdia"*), começa dizendo: "She woke with a gasp, not knowing who she was, or where. The smell of blood was heavy in her nostrils…or was that her nightmare, lingering?" ("Ela acordou com um suspiro, sem saber quem era, nem onde estava. O cheiro de sangue era pesado em suas narinas ... ou era seu pesadelo, se prolongando?"*)

Escrevendo em seu blog, Martin declarou que este "na verdade é um capítulo velho", mas que nunca foi publicado, postado ou lido em uma convenção.


"Então, é novo porque ninguém além dos meus editores viram, mas é velho porque foi escrito há muito tempo atrás, sendo apenas uma amostra do que você já viu. De qualquer forma, era uma primeira versão. Eu o reescrevi uma dúzia de vezes desde então", disse o autor.

Mas este trecho antecipado do autor fez seu site, georgemartin.com, parar de funcionar. "Eu parei a internet. Desculpe por isso", ele escreveu.

"O upload do trecho de The Winds of Winter criou tantos acessos nos meus website e blog que o servidor não aguentou".

The Winds of Winter é o sexto livro da série As Crônicas de Gelo e Fogo, seguido por A Guerra dos Tronos (1996), A Fúria dos Reis (1998), A Tormenta das Espadas (2000), O Festim dos Corvos (2005) e A dança dos Dragões (2011).

Texto original em inglês: The independent
*Tradução dos títulos e dos trechos é livre e não significa que será publicado no Brasil com as exatas mesmas palavras.

sábado, 22 de março de 2014

Dia mundial da Poesia com a Companhia das Letras

Ontem foi o Dia Mundial da Poesia, e quem acompanha o Nosso Clube do Livro nas redes sociais (twitter | facebook | instagram), viu algumas fotos que a equipe fez do evento promovido pela Companhia das Letras na Livraria Cultura, do Conjunto Nacional, em São Paulo.


Foi tudo muito gostoso. As pessoas se sentaram em volta dos autores Fabrício Corsaletti e Joca Reiners Terron para ouvir as poesias por eles declamadas. Alguns dos textos lidos eram inéditos e boa parte deles arrancou aplausos do público que prestigiava as leituras poéticas. 

Fabrício Corsalett e Joca Reiners Terron lendo poesias.
Além dos poemas dos autores, também foram lidos os versos dos grandes nomes publicados pela Companhia, como os dos poetas Carlos Drummond de Andrade, Vinicius de Morais e Fernando Pessoa.

Leitura de um poema do Fernando Pessoa.
Após o evento, os autores Fabrício Corsaletti e Joca Reiners Terron continuaram na livraria e se colocaram à disposição para conversar com o público e autografar livros.

Livros dos autores Fabrício Corsalett e Joca Reiners Terron nas prateleiras da livraria.
Definitivamente, a noite foi muito prazerosa.

quarta-feira, 19 de março de 2014

[Resenha] Golfinhos e Tubarões - O Outro Mundo

Logo nas primeiras páginas de “Sobre Golfinhos e Tubarões”, conhecemos a história de Victoria, uma menina que foi adotada aos 5 anos de idade e não se lembra da sua vida antes de sua adoção por Ana e Greg.
Victória foi crescendo e mudando - não como qualquer adolescente comum - porque ela foi desenvolvendo certos poderes e seu cabelo foi mudando de cor. Certa vez, seu poder se descontrolou e ela acabou prendendo seus pais adotivos na parede e rachando as paredes e o chão da sala de sua casa. Depois desse episódio, Ana e Greg começaram a ter medo da menina e com sua super audição, Victoria ouvia as conversas e discussões do casal sobre seus “dons”.
Um dia, Vicky estava deitada em sua cama ouvindo Ana e Greg discutindo sobre sua permanência na casa, quando ela escuta o barulho da campainha e duas pessoas entram na casa. Eles vieram a pedido de Ana e Greg, que acreditavam estar diante de empregados de um hospício, mas na verdade, a dupla era de uma escola onde Vicky aprenderia a controlar seus poderes.
Vitor e Lisa são professores dessa escola e Lisa tenta convencer Vicky a aceitar a idéia de estudar e morar longe de seus pais. A professora leva Vicky, em visão, até a escola e um aluno chama a atenção de Vicky, um rapaz pálido, de cabelos escuros, que estava distante dos outros alunos. Ela tem vontade de estar perto, conversar e abraçar o garoto.
Vicky tem uma personalidade forte e uma curiosidade, por vezes, até irritante (dá vontade de bater nela em algumas partes do livro). Também desvendamos o passado dela e sua história com Alex, o menino pálido que tenta afastá-la de qualquer jeito porque, além de ser perigoso para todos, ele é meio humano e meio vampiro com um segredo sobre o passado deles que jurou não contar.
Seu amor por Alex pode matá-la, mas Vicky está disposta a fazer qualquer coisa para ficar com ele e as tentativas do garoto de ficar longe dela são inúteis. Aprendemos a gostar de Alex no decorrer da leitura e eu o considero um dos melhores personagens do livro. Juntos com seus amigos, eles passarão por provações e até pelo começo de uma guerra anunciada.
O livro prende a atenção do leitor no mistério sobre o passado de Vicky e eu sinceramente gostaria de ler uma sequência e saber o que essa turminha pode aprontar.
Livro: Golfinhos e Tubarões - O Outro Mundo
Autor: Tais Cortez 
Editora: Chiado
Lançamento: 2013
Sinopse: Aos cinco anos, Victoria foi adotada por Ana, presidente de uma indústria de cosméticos, e Greg, um bem-sucedido advogado. Ela não entende por que não se lembra dos verdadeiros pais e não acredita na suposta causa da morte deles. Ao completar quinze anos, estranhas mudanças começam a acontecer. Seus cabelos ruivos escurecem, ela se torna cada vez mais forte e rápida, seus sentidos ficam aguçados e alguns dos seus sonhos passam a ser premonições. Após a visita de um casal peculiar, ela é levada para um mundo desconhecido e único, onde terá que aprender a controlar suas habilidades, freqüentando aulas diferentes de tudo o que já viu. Lá ela conhece Alex. A atração entre os dois é imediata, mas ele se recusa a se aproximar de Victoria e de qualquer outro aluno. Ainda assim, o destino se encarrega de uni-los e Alex passa a protegê-la e ajudá-la. O que Victoria não sabe é que ele esconde um segredo que mudará sua vida, e que o passado pode estar mais perto do que eles imaginam...

Sobre a Autora:
Camila CompariniCamila Comparini é Farmacêutica e Bioquímica formada pela Universidade Metodista de São Paulo. Adora ler, adora Literatura de Fantasia e Romance Policial e defende com unhas e dentes esse tipo de literatura. 

[Resenha] Seis coisas impossíveis, de Fiona Wood

Seis coisas impossíveis é daquele tipo de livro que lemos em uma sentada. Divertido, ele é um ótimo passatempo para quem quer uma leitura despretensiosa em um dia chuvoso. A narrativa nos apresenta Dan, um adolescente que vê a sua vida ruir diante de seus olhos, quando os negócios da família falem e seu pai se assume gay. Por conta da falência e da separação, Dan e sua mãe passam a morar em uma casa herdada de uma tia falecida. O lugar está mais para um museu - de tantas peças antigas que lá há - do que para uma residência; contudo, por causa de uma cláusula no testamento, Dan e sua mãe não podem vender as artes e assim fazer algum dinheiro.

É justamente este orçamento apertado que leva a mãe de Dan a querer abrir um negócio próprio: uma empresa de bolos de casamento. Tudo teria dado muito certo, se ela não resolvesse dar uma de psicóloga e fizesse com que as noivas desistissem de se casar. Irônico e divertido, podem ter certeza. Mas também um pouco trágico. Dan, vê tudo indo por água abaixo e ainda tem que lidar com todo o bullying que sofre na escola nova e com o amor que sente por Estelle, sua vizinha.

Página 11

Então, para tentar dar um jeito em sua vida, ele elabora a lista com seis coisas que quer muito fazer, mas que não sabe exatamente como. Nós, leitores, acompanhamos a sua aventura nesta busca pela realização e só conseguimos torcer para que tudo dê certo. No final da obra, alguns pontos ficaram abertos, o que dá asas a nossa imaginação, uma vez que podemos criar hipóteses sobre o que aconteceu. Já os assuntos da lista que a autora encerra, recebem um fim tão bacana, que não tem como não se emocionar.

Além de ser bem escrito, Seis Coisas Impossíveis tem um projeto gráfico muito bonito, que estimula o leitor. Como vocês puderam observar na foto acima, cada abertura de capítulo tem algumas ilustrações. Fora a capa em si, que é muito bonita. Esta é, sem dúvida, uma leitura que recomendo.

Livro: Seis Coisas Impossíveis
Título original: Six impossible things
Autora: Fiona Wood
Tradução: Ana Paula Corradini
Páginas: 272
Editora: Novo Conceito
Sinopse: Dan Cereill levou um encontrão da vida: seu pai faliu, assumiu que é gay e separou-se de sua mãe, tudo de uma vez só. Enquanto isso, sua mãe recebeu de herança uma casa tombada pelo patrimônio histórico que cheira a xixi de cachorro, mas que não pode ser reformada... E, agora, Dan está vivendo em uma casa-relíquia que parece um chiqueiro, com uma mãe supertriste e sem conseguir falar com o pai — que ele ama muito. Suas únicas distrações são sua vizinha perfeita, Estelle, e uma lista de coisas impossíveis de fazer.
Booktrailer:


Sobre a Autora:
Fernanda RodriguesFernanda Rodrigues é bacharela em Letras (Português e Inglês) e licenciada no curso de Formação de Professores da USJT. Além de ser professora de Língua Inglesa, é louca por assuntos que envolvam a Literatura, as demais artes e o processo de ensino e aprendizagem. Escreve no Algumas Observações.

segunda-feira, 17 de março de 2014

[resenha] O começo de tudo, de Robyn Schneider

"O começo de tudo" é o primeiro livro da autora americana Robyn Schneider e conta a história de Ezra Faulkner. Ele sempre foi considerado o garoto de ouro do colégio, líder do grêmio estudantil, capitão da equipe de tênis da escola e namorado de Charlotte, a líder de torcida mais popular da escola. 

Ezra acreditava em tragédias particulares e que cada um tinha a sua. O que ele não esperava era que sua tragédia particular o atingisse em forma de uma SUV, estraçalhando o seu joelho e seu pulso. Após seu acidente, toda sua vida toma um rumo diferente. Impossibilitado de jogar, Ezra se vê membro do clube de debates, reaproximando-se do seu melhor amigo, comendo com os supostos losers e conhecendo a misteriosa Cassidy Thorpe. 

 Sabe aqueles livros despretensiosos? Aqueles que você começa a ler e de repente está tão envolvido com a história que termina a leitura em poucas horas? Foi isso que aconteceu comigo em "O começo de tudo".

Apesar de não se aprofundar muito no universo adolescente, a autora consegue captar a realidade do protagonista. Ezra é o tipo de rapaz que, até então, não sabia que era um tanto “bobo”. Sua necessidade de aceitação era tão grande que foi capaz de abandonar o melhor amigo, Toby, para manter-se entre os populares da escola. 

A estrutura da obra é muito boa, ela tem início, meio e fim, e não tem como o leitor ficar perdido neles. O livro traz muita referência ao mundo nerd – Ezra se descobre um grande nerd – e isso me encantou muito. Acredito que a autora é muito fã de Harry Potter e Doctor Who, pois a cada dez páginas, umas cinco tinha piadas que faziam relação com Harry Potter, e eu achei o máximo, claro.

Referência a Doctor Who e a sua TARDIS.
Por vezes, durante a leitura, consegui ver um pouco de John Green na história, mais especificadamente “Quem é você, Alasca?”. Algumas vezes comparei o mistério que envolvia Cassidy ao mesmo que envolvia Alasca Young. São duas personagens atormentadas por segredos que as fazem se afastar de todos ao seu redor.

"O Começo de tudo" não tem a mesma intensidade de "Quem é você, Alasca?", porém tem suas particularidades: ela é bem leve nas suas intenções, o romance acontece de uma forma sutil. É algo muito mágico, as personagens são bem definidas e muito bem estruturadas e claro, a narrativa simples e fácil de ser compreendida e interpretada, tudo isso juntando a escrita de Robyn Schneider, tornou a obra ímpar em seu mundo e com suas particularidades é um dos melhores young adult que já li. 

A obra encantou-me de uma forma única e foi, com certeza, um ótimo ponta pé inicial para meu ano novo literário. A obra me transportou para o universo adolescente e para o meu universo adolescente. Sabemos que a necessidade de aceitação existe, e quantas vezes não fingimos ser outra pessoa apenas para sermos aceito? Um livro muito bem escrito, com uma leve pitada de romance. 

Ao contrário de muitos, aqui não tem um final feliz clichê, apenas mostra de uma maneira muito real, os altos e baixos da vida de um adolescente– e acredito que a ideia da montanha-russa na capa – que precisou quase morrer para se reencontrar.

Novidades da Companhia das Letras

Confira os principais lançamentos da Companhia das Letras para essa semana.





O mesmo mar, de Amós Oz 
Este romance introspectivo e poético acompanha o entrelaçamento de triângulos amorosos. O principal gira em torno de Albert Danon, um viúvo sexagenário. Seu filho, Rico, após a morte da mãe, parte para o Tibet em busca de paz interior. Durante sua ausência, a namorada, Dita, aproxima-se do sogro idoso em busca de proteção, mas a relação acaba assumindo caminhos inesperados. O mesmo mar supreende pelo alto grau de elaboração literária, pela profusão e riqueza de suas formas. O enredo se revela numa sequência de seções curtas, compostas às vezes no tom casual e ameno das conversas de todo dia, às vezes como parábola bíblica, fábula, sonho ou poema. O mundo em que vivem as personagens de Amós Oz é barulhento, mas o romance cria um intimismo que convida o leitor a se concentrar no que elas estão dizendo. 

Reflexões ou sentenças e máximas morais, de François de La Rochefoucauld 
Muitas das máximas de François VI, duque de La Rochefoucauld, se incorporaram ao imaginário coletivo, recitadas há gerações sem atribuição. Não é para menos: com ironia fina e profundo pessimismo, seus escritos revelam uma acachapante habilidade de descrever as fraquezas e rodeios morais a que todos estamos sujeitos. Importante moralista e pensador francês, membro da alta nobreza, envolvido nas intrigas da corte e personagem-chave da Fronda, a guerra civil que dividiu a França entre os anos de 1648 e 1653, La Rochefoucauld somou a experiência nos círculos aristocráticos, frívolos e mundanos, sedentos de poder e reconhecimento em que vivia à observação filósofica, ajudando a consolidar e popularizar as máximas como gênero literário. 

Da minha terra à Terra, de Sebastião Salgado 
Sebastião salgado é conhecido no mundo todo por suas fotos em preto e branco. Depois de retratar trabalhadores e refugiados com profunda dignidade, o fotógrafo voltou ao centro da cena fotográfica em 2013, com o “Projeto Gênesis” . Mas apesar de as imagens de Sebastião Salgado já terem dado a volta ao mundo, sua história pessoal, as origens políticas, éticas e existenciais de seu engajamento fotográfico permaneciam ignoradas. Em Da minha terra à Terra, é seu talento como narrador que surpreende. A autenticidade de um homem que sabe como poucos combinar militância, profissionalismo, talento e generosidade.

terça-feira, 11 de março de 2014

Lançamentos Companhia das Letras



O silêncio do algoz, de François Bizot 
O etnólogo francês François Bizot foi o único ocidental a sair com vida de uma das temidas prisões do Khmer Vermelho. Sua sentença de morte foi suspensa graças à relação que desenvolveu com o homem que foi seu carcereiro durante os três meses em que esteve detido, em 1971. Anos mais tarde, Bizot descobriria que seu libertador fora responsável pela tortura e morte de dezenas de milhares de cambojanos considerados inimigos da revolução de Pol Pot. Neste relato perturbador, preciso e de trágica intensidade, o autor busca pistas para decifrar como homens comuns podem se transformar em algozes cruéis. 

 Boca do inferno, de Otto Lara Resende 
 Ecoam ainda nos dias de hoje as consequências de histórias como as de Boca do inferno, publicado originalmente em 1957. Talvez naquele tempo o escritor e jornalista Otto Lara Resende não imaginasse o quão preciso poderia ser este compacto exemplar. O mais provável é que soubesse. Em um contexto em que a religião dita as regras, o autor traz à superfície os mais bem guardados baús dos porões da família mineira. Não por acaso, as sete narrativas aqui reunidas têm como protagonistas meninos e meninas que, no fim da infância, são lançados de um momento para outro no conhecimento tenebroso das coisas. É sempre aí – na gruta sob a laje, no porão cheirando a mofo, no quarto quieto no meio da noite, no moinho solitário e monótono – que se dá a improvável revelação. Com o peso do que foi longamente gestado, com a força de uma límpida poesia da dor. Boca do inferno permaneceu durante décadas fora do comércio, não por falta de pedidos, mas porque seu autor – exigente – vivia a reescrevê-lo, adiando continuamente as novas edições. De fato, só a exigência literária extremada poderia lograr uma escrita como esta. Escrita que flui, mas, súbito, se interrompe, deixando à mostra profundidades insondáveis da existência. 

Beco dos mortos, de Ian Rankin 
Um imigrante ilegal é encontrado morto em um cortiço de Edimburgo. Se a primeira suspeita é de um ataque racista, logo a situação se prova mais complicada. É o que o departamento de polícia precisa para arrastar o inspetor John Rebus para o caso. Não que a vida no trabalho ande fácil, com seus novos chefes em campanha por uma aposentadoria precoce do investigador. Mas o teimoso e obstinado Rebus seguirá novamente a trilha de um morto, numa viagem que o levará a centros de detenção, a comunidades de imigrantes políticos e ao coração do submundo de Edimburgo. Enquanto isso, sua amiga e pupila Siobhan precisará lidar sozinha com os próprios problemas. O desaparecimento de uma adolescente a deixará perigosamente próxima às armadilhas de um maníaco sexual, conforme ela também tenta resolver o assassinato de um jornalista curdo. E há a história dos dois esqueletos encontrados debaixo de um movimentado beco da cidade. No encontro desses casos aparentemente sem conexão, Rebus e Siobhan logo serão atraídos para uma teia de ganância, traições e violência. 

O bicho alfabeto, – poemas de Paulo Leminski e ilustrações de Ziraldo 
O bicho alfabeto tem vinte e três patas, ou quase. Por onde ele passa, nascem palavras e frases. Quando ele e o Paulo Leminski se encontram, das palavras nascem versos e poemas, que falam sobre o mar, o vento, a chuva, as estrelas, uma pedra, um cachorro, uma formiga… Coisas que todo mundo conhece, mas que se transformam em outras quando aparecem dentro dos versos do Leminski. Nesta reunião inédita de poemas para os pequenos, Ziraldo também colaborou com a transformação: o bicho alfabeto ganhou cores e formas que ninguém poderia imaginar. Foi assim que o mundo ficou totalmente de cabeça pra baixo, pronto pra quem quiser virar a página e se aventurar a ler a vida de um jeito diferente.

quinta-feira, 6 de março de 2014

Livro de Charlie Chaplin será publicado no Brasil pela Companhias das Letras

(via Publish News)




Em 1948, Charles Chaplin escreveu o seu único romance, que quatro anos mais tarde serviu de inspiração para o filme Luzes da ribalta. Esse livro – intitulado Footlights - nunca chegou ao público. Quando morreu e seu arquivo foi transferido para a Cineteca di Bologna (Itália), o livro ficou esquecido até que, nesse ano, Footlights foi publicado na Itália. Além da história nostálgica e sombria de Calvero, o palhaço alcoólatra e decadente que salva uma jovem bailarina que acabara de tentar o suicídio, o livro traz fotos e documentos inéditos. Aqui no Brasil, a Companhia das Letras comprou os direitos de publicação do livro, mas ainda não tem previsão de quando os leitores brasileiros terão acesso ao título.

Lançamentos: Companhia das Letras

Confira os principais lançamentos da Companhia das Letras para essa semana, incluindo Contos da Seleção de Kiara Cass e Doze anos de escravidão, obra que inspirou o filme vencedor do Oscar. 



O mundo é plano – uma breve história do século XXI, de Thomas L Friedman (Tradução de Cristina Serra, Sergio Duarte, Nruno Casotti, Cristina Cavalcanti)

Elogiado pela crítica e sucesso mundial de vendas, O mundo é plano tornou-se já referência na história das relações internacionais. Thomas Friedman, um dos principais articulistas do New York Times e vencedor de três prêmios Pulitzer, foi pioneiro em enxergar e definir a “nova globalização”, era em que os avanços da tecnologia e da comunicação permitiram que os indivíduos se conectassem como nunca antes, transformando as noções conhecidas de distância, tempo e trabalho. Momento este, defende o autor, que se mostrou positivo para os países emergentes, seus negócios e meio ambiente, ao contrário da era da “velha” globalização, que só beneficiava quem já detinha capital. Através da ideia de achatamento do mundo, Friedman descreve como as pessoas passaram a colaborar umas com as outras e também competir em um mundo de forças mais igualitárias, e procura assim explicar a ascensão de novos players mundiais, como Índia e China. Leitura indispensável para a compreensão do novo jogo de forças do capitalismo social. 

Entre amigos, de Amós Oz (Tradução do hebraico e notas: Paulo Geiger) 
Nas oito histórias interligadas que compõem Entre amigos, Amós Oz recria com precisão a realidade de um kibutz. Inicia com o solitário Tzvi Provizor, que se ocupa diligentemente de seus jardins, mas no tempo livre espalha com especial prazer as notícias de tragédias e calamidades que escuta no rádio. A narrativa final retrata os últimos dias do velho sobrevivente do Holocausto, Martin Vanderbeg, que acredita na abolição de todos os estados nacionais e numa fraternidade mundial e pacifista, coroada pelo uso do esperanto como idioma comum a todas as pessoas. No arco que compreende essas duas histórias, outras passagens da vida no kibutz trazem caos de amor e traição, inveja, orgulho e abandono. Partindo dos males do mundo que Tzvi espalha de seu rádio para chegar à esperança do velho Martin no futuro, Amós Oz cria uma pequena comédia humana, que dá conta de dramas universais sem sair do kibutz Ikhat. 

A cabeça do santo, de Socorro Acioli 
Sob o sol torturante do sertão do Ceará, Samuel empreende uma viagem a pé para encontrar o pai que nunca conheceu. Ele vai contrariado, apenas para cumprir o último pedido que a mãe lhe fez antes de morrer. Quando chega à cidade quase fantasma de Candeira, encontra abrigo num lugar curioso: a cabeça gigantesca de uma estátua inacabada de santo Antônio, que jazia separada do resto do corpo. Coisas extraordinárias começam a acontecer depois que Samuel descobre ter o dom de ouvir as preces e os segredos do coração das mulheres das redondezas, que não param de reverberar dentro da cabeça do santo. 

Doze anos de escravidão, de Solomon Northup (Tradução de Caroline Chang) 
Doze anos de escravidão narra a história real de Solomon Northup, negro americano nascido livre que, por conta de uma proposta de emprego, abandona a segurança do Norte e acaba sendo sequestrado e vendido como escravo. Durante os doze anos que se seguirem ele foi submetido a trabalhos forçados em diversas fazendas na Louisiana. Este relato autobiográfico, publicado depois da libertação de Northup, em 1853, logo se tornou um best-seller, e hoje é reconhecido como a melhor narrativa sobre um dos períodos mais nebulosos da história dos Estados Unidos. Verdadeiro elogio à liberdade, esta obra apresenta o olhar raro de um homem que viveu na pele os horrores da escravidão. Leia aqui um trecho do livro. 

Orlando, de Virginia Woolf (Tradução de Jorio Dauster) 
Neste que é seu romance mais celebrado e popular, uma obra construída com exuberância estilística e imaginativa, Virginia Woolf (1822-1941) conebeu um dos personagens mais emblemáticos e paradoxais de toda a literatura universal. ascido no seio de uma família de boa posição em plena Inglaterra elisabetana, Orlando acorda com um corpo feminino durante uma viagem à Turquia. Como é dotado de imortalidade, sua trajetória então atravessa mais de três séculos, ultrapassando as fronteiras físicas e emocionais entre os gêneros masculino e feminino. Suas ambiguidades, temores, esperanças, reflexões – tudo é observado com inteligência e sensibilidade nesta narrativa que, publicada originalmente em 1928, permanece como uma das mais fecundas discussões sobre a sexualidade humana. Esta edição inclui introdução e notas de Sandra M. Gilbert, especialista em estudos de gênero e literatura inglesa, e uma brilhante crônica-ensaio de Paulo Mendes Campos, um dos grandes leitores brasileiros da obra de Virginia Woolf. 

Goya à sombra das luzes, de Tzvetan Todoroy (Tradução de Joana Angélica d’Avila Melo) 
Mais da metade da produção de Francisco José de Goya y Lucientes (1746-1828) – cerca de mil desenhos e gravuras, além de várias pinturas destinadas à fruição privada do artista – se compõe de trabalhos que somente foram expostos ou publicados anos depois de sua morte. Nessas criações secretas, que coexistiram com as encomendas de cenas religiosas e retratos da nobreza que lhe cabiam como pintor oficial da corte espanhola, o artista visionário dos Desastres da guerra exorciza numerosos demônios particulares através de experimentos formais que antecipam o impressionismo e a arte moderna. Indiferente à opinião pública, Goya tematiza as principais questões filosóficas e políticas a Europa nos anos 1790-1820 soba influência das ideias iluministas, sem contudo negligeniar suas trágicas consequências na realidade histórica. Neste ensaio provocativo e esclarecedor, Tzvetan Todorov reconstitui a singular trajetória artística de Goya, desvendando as articulações ideológicas e estéticas de obras decisivas. 

Quando é dia de futebol, de Carlos Drummond de Andrade 
Nove Copas do Mundo, o auge de Pelé, o caráter mesmerizante de um esporte sobre todo um povo. É isso que Carlos Drummond de Andrade oferece – em prosa e poesia – nesta seleção de textos que tem o futebol como mote. São crônicas e poemas líricos, bem-humorados e meditativos escritos a partir de grandes jogos, lances geniais e episódios pitorescos do universo futebolístico. E não ficam apenas nisso: o poeta mineiro se vale do esporte bretão para tentar ler as inúmeras transformações pelas quais a realidade brasileira passou ao longo do século XX. 

O corpo no escuro, de Paulo Nunes 
Entre o lirismo e a observação lancinante sobre o ciclo da vida, a ausência de religião e a metafísica, um olhar inaugural e o manejo seguro da tradição da poesia em língua portuguesa, o mineiro Paulo Nunes faz de sua estreia em livro um desses momentos que devem ser saudados pelos leitores da nossa melhor lírica. O corpo no escuro é seu primeiro livro, mas reúne uma copiosa e consistente produção (conhecida apenas entre alguns leitores de revistas literárias) que cobre um período de mais ou menos vinte anos, o tempo que o autor, reservadíssimo e aplicado, levou para reuni-la nesta obra. Dividido em duas grandes seções, “Óbvni” e “Tempo das águas”, o volume traz, articuladas ao longo dos poemas, meditações, observações e tentativas do autor de perscrutar a realidade em praticamente todos os seus aspectos. De feição sóbria, ostentando uma voz algo clássica e falando de temas maiúsculos da poesia (como o amor, o desencanto, o tempo e a morte), o conjunto impressiona pela coerência. Prova disso são poemas como “Um astronauta” (reproduzido na quarta capa), “Parapeito” e “O vigia”, entre outros. Anotações líricas em que a solidão e o abandono do homem contemporâneo – esse “corpo no escuro” – recebe contornos clássicos, arrebatadores. Mas a lírica de Paulo Nunes também versa sobre alguns lados luminosos da vida, especialmente os afetos. São as paixões, as amizades e o encantamento pelo outro que parecem reorganizar a visão do poeta, convertendo os momentos mais difíceis em oportunidade de pleno entendimento das coisas: “pensar, sentir: a penumbra/ confunde seus habitantes/ quase os devora, mas/ por um triz a pele reluz”, anota o poeta. Eis em síntese, talvez, a fórmula de toda essa poesia. 

Editora Seguinte 

Contos da Seleção, de Kiera Cass (Tradução de Cristian Clemente) 
Antes de a Seleção começar… Aspen era o namorado secreto da America. E havia outra garota na vida do príncipe Maxon. Todo mundo já conhece as dúvidas e angústias de America quanto aos seus sentimentos, assim como as intrigas entre as Selecionadas. Mas alguém sabe o que se passa na cabeça dods dois homens que lutam pelo coração da garota? É exataemnte isso que será revelado em O príncipe e O guarda: os verdadeiros pensamentos e inquietações do misterioso Maxon, que precisa escolher uma esposa até o fim da disputa, e as ideias e emoções do jovem Aspen, ex-namorado de America que vai trabalhar como soldado no palácio durante o concurso. Leitura indispensável para os fãs da série, esta antologia inclui, ainda, um final estendido do conto O príncipe; bônus exclusivos, como uma entrevista com a autora e dados inéditos sobre os personagens; além dos três primeiros capítulos de A escolha, o aguardado desfecho da trilogia.

Lançamento da editora Salamandra: O bebê e a bolha de Bebel

Confira mais um lançamento da editora Salamandra, trata-se de O bebê e a bolha de Bebel, da autora Margaret Mahy.




Que coisa horrível ver seu próprio irmãozinho flutuando pelo céu, levado apenas por uma bolha de sabão! Acompanhe os esforços de Bebel e seus vizinhos para salvar o bebê, nesta divertida história de Margaret Mahy. Ideal para a leitura em voz alta. 

A autora 

Margaret Mahy nasceu na Nova Zelândia, em 1936. Escreveu mais de 100 livros para crianças, além de romances e contos. Suas obras sempre exploraram elementos fantásticos, que deram uma graça especial a cada enredo. Faleceu em 2012, sendo homenageada com o prêmio Hans Christian Andersen, por sua grande contribuição para a literatura infantil.

Estrela do seriado "Girls" lançará livro nos Estados Unidos

A garota prodígio pop Lena Dunham, protagonista da série americana Girls, divulgou recentemente em uma rede social (Instagram), uma foto com a capa do seu livro e a data de lançamento. Not That Kind of Girl: A Young Woman Tells You What She’s Learned reúne ensaios que trazem conselhos francos e divertidos sobre tudo, desde sexo até alimentação, incluindo viagens e trabalho. Seu lançamento nos Estados Unidos será no dia 07 de outubro de 2014, no Brasil, a obra ainda não tem data prevista de publicação.


Booktrailer de Silo

Confira o booktrailer do lançamento da Intrínseca. Silo, de Hugh Howey, chega às livrarias brasileiras a partir de 22 de março. 

No futuro, os grandes centros urbanos e extensos campos de cultivo do planeta foram transformados em uma paisagem inóspita e hostil. As poucas pessoas que tiveram o azar de sobreviver resistem confinadas em um gigantesco silo subterrâneo. Nessa sociedade estritamente regulada, todos devem obedecer às regras, e aqueles que ousam alimentar sonhos e esperanças são punidos de forma simples e brutal: são levados para o lado de fora. Juliette é uma dessas pessoas. E talvez seja a última.

Confira o booktrailer:


 

Lançamentos Intrínseca para março.

Confira os lançamentos de março da editora Intrínseca.


O segredo do meu marido, de Liane Moriarty 

Cecilia Fitzpatrick encontra no sótão de casa uma carta escrita por seu marido. Seria algo corriqueiro, não fosse uma anotação bastante intrigante no envelope: “Para ser aberto apenas na ocasião da minha morte.” Apesar da recomendação, ela resolve abrir a carta e se vê obrigada a lidar com uma revelação avassaladora. O segredo do seu marido, John-Paul, atingirá não só seus três filhos e um longo e sólido casamento, mas também a vida de outras duas famílias. Cecilia agora precisará fazer uma escolha: optar pelo silêncio e permitir que a verdade corroa seu coração ou revelar o que leu e magoar profundamente as pessoas que mais ama. 

Schroder, de Amity Gaige 

Ao se candidatar a uma vaga em uma tradicional colônia de férias para meninos, Erik Schroder – um adolescente de quatorze anos que deixou a Alemanha Oriental rumo aos Estados Unidos ainda criança – adota um novo nome, Eric Kennedy, na esperança de melhor se encaixar entre os garotos americanos. Uma mentira aparentemente inofensiva, mas que o levará a uma jornada trágica e irracional. Anos depois de forjar a nova identidade, já adulto e morando em Nova York, Eric é declarado fugitivo pela polícia quando desaparece com Meadow, sua filha de seis anos. Em meio a uma dolorosa batalha com a ex-mulher pela guarda da menina, Eric tenta escapar das autoridades, e as pessoas logo vão descobrir que ele não é quem diz ser. 

Restos humanos, de Elizabeth Haynes 

Ao encontrar por acaso o corpo de uma vizinha em avançado estágio de decomposição, Annabel Hayer, que trabalha com análise de informações para a polícia, fica horrorizada ao pensar que ninguém – e isso inclui ela mesma – sentiu falta daquela mulher. De volta ao trabalho, ela vasculha os arquivos policiais e encontra dados que mostram um aumento significativo de casos como aquele nos últimos meses em sua cidade. Conforme aprofunda sua investigação, Annabel parece cada vez mais convencida de estar no rastro de um assassino e é obrigada a enfrentar os próprios demônios. 

As doze tribos de Hattie, de Ayana Mathis 

Em 1923, aos quinze anos, Hattie Shepherd deixa a Geórgia para se estabelecer na Filadélfia, na esperança de uma vida melhor. Mas se casa com um homem que só lhe traz desgosto, e observa indefesa seu casal de filhos gêmeos sucumbir a uma doença que poderia ter sido evitada com alguns níqueis. Hattie dá à luz outras nove crianças, que cria com coragem e fervor, mas sem a ternura pela qual anseiam. Em lugar disso, assume o compromisso de preparar os filhos para as calamitosas dificuldades que certamente enfrentarão vidas, e de ensiná-los a encarar um mundo que não os amará nem será gentil. A partir da perspectiva de cada um dos doze descendentes de Hattie, acompanhamos a história monumental de uma mãe e a trajetória de uma família. 

Uma questão de caráter, de Paul Tough 

Por que algumas crianças se tornam adultos bem-sucedidos e outras não? Essa pergunta intriga pais e pedagogos do mundo inteiro, e a resposta mais comum tende a ser que o potencial de sucesso de uma criança varia de acordo com sua inteligência. Mas, nas últimas décadas, pesquisadores vêm constatando que notas altas e testes de QI não são indicadores de uma educação de qualidade – e muito menos uma garantia de sucesso na vida. O jornalista Paul Tough coloca em debate o atual paradigma da educação e questiona o valor dado à ideia de que uma criança bem-sucedida é aquela capaz de memorizar todo o conteúdo transmitido na sala de aula. Em Uma questão de caráter, o autor aborda com grande clareza o problema e defende: devemos dar mais atenção ao desenvolvimento de qualidades não cognitivas, como curiosidade, persistência e determinação. 

O que me faz pular, de Naoki Higashida 

Naoki Higashida sofre de autismo severo. Com grande dificuldade de se comunicar verbalmente, o jovem aprendeu a se expressar apontando as letras em uma cartela de papelão, e, aos treze anos, realizou um feito extraordinário: escreveu um livro. Delicado, poético e profundamente íntimo, O que me faz pular traz uma nova luz para entendermos a mente autista. O jovem explica o comportamento muitas vezes desconcertante das pessoas com autismo e compartilha conosco suas percepções de tempo, vida, beleza e natureza, apresentadas em um relato e um conto inesquecível. 

Silo, de Hugh Howey 

Em uma paisagem destruída e hostil, em um futuro ao qual poucos tiveram o azar de sobreviver, uma comunidade resiste, confinada em um gigantesco silo subterrâneo. Lá dentro, mulheres e homens vivem enclausurados, sob regulamentos estritos, cercados por segredos e mentiras. Para continuar ali, eles precisam seguir as regras, mas há quem se recuse a fazer isso. Essas pessoas são as que ousam sonhar e ter esperança, e que contagiam os outros com seu otimismo. Um crime cuja punição é simples e mortal. Elas são levadas para o lado de fora. Juliette é uma dessas pessoas. E talvez seja a última. 

A maldição do titã: Graphic Novel – Série Percy Jackson e os olimpianos (vol. 3), de Rick Riordan, Robert Venditti, Attila Futaki e Greg Guilhaumond 

Percy está de volta em mais uma missão. Cronos, o Senhor dos Titãs, arquitetou um de seus planos mais traiçoeiros: um monstro ancestral foi despertado – um ser com poder suficiente para destruir o Olimpo –, e Ártemis, a única deusa capaz de encontrá-lo, desapareceu em uma caçada. Percy e seus amigos – entre eles, dois novos meio-sangues de ascendência ainda desconhecida – têm apenas uma semana para localizar a deusa sequestrada e solucionar o mistério que ronda o monstro que ela perseguia. A terceira aventura da série coloca nosso herói e seus aliados frente a frente com o maior desafio de suas vidas: a terrível profecia da maldição do titã.

Lançamento UNESP - A ameaça do fantástico, de David Roas.

Primeira obra de David Roas publicada no Brasil, este livro reúne seis ensaios escritos por ele entre 2001 e 2011, que apresentam sua própria concepção acerca do fantástico. Escritor alinhado ao gênero, Roas exerce aqui o papel de crítico, para o qual o fantástico, mais que um gênero, é uma categoria estética, pois transborda da literatura para as artes em geral – cinema, teatro, quadrinhos, games e demais formas que espelhem o conflito entre o real e o impossível, característico do fantástico. 

De acordo com Roas, o fantástico dependerá sempre do que seja considerado real e o real, do conhecido, pois o leitor precisa contrastar o fenômeno sobrenatural com a concepção de realidade. Em meados do século 18, quando despontou na literatura, o gênero representaria uma espécie de contraponto ao racionalismo iluminista: o culto à razão desbanca a fé no sobrenatural e o torna inofensivo, algo com que se pode “brincar literariamente”. Hoje, segundo o autor, os artistas encontram inspiração nas ciências, que desvendam fenômenos diversos para teóricos, escritores, leitores, possibilitando novas abordagens do real e do fantástico. 

Roas reconstrói e analisa a trajetória do gênero, conceituando-o e delimitando-o, além de tratar de questões teóricas sobre sua definição. Ele percorre outros autores clássicos que também debateram o tema, como Todorov e Irène Bessière, e apresenta como exemplos de suas revisões e indagações teóricas, obras de auto­res contemporâneos, como Borges, Cortázar e Poe, abrindo caminhos para uma discussão mais ampla e densa sobre o fantástico.

Sobre o autor 

David Roas nasceu em Barcelona, Espa­nha, em 1965. Escritor e crítico literário, é professor de Teoria Literária e Literatura Comparada na Universidade Autônoma de Barcelona. Mundialmente reconhecido como especialista em literatura fantásti­ca, escreveu livros de ficção como Celu­loide sangriento (1996) e La estrategia del koala (2013). Na esfera ensaística, publi­cou Teorías de lo fantástico (2001), De la maravilla al horror: los orígenes de lo fantástico en la cultura española – 1750- 1860 (2006), entre outros.
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