sábado, 29 de junho de 2013

Concursos Literários #15

Prêmio São Paulo de Literatura

Prazo: 29 de julho de 2013
Informações:
Para autores de romances publicados em 2012.


PRÊMIO SÃO PAULO DE LITERATURA 2013
O GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO, por intermédio de sua Secretaria da Cultura, com sede na Rua Mauá, 51, Luz, São Paulo – SP, representada por seu Secretário, Sr. Marcelo Mattos Araujo, institui o concurso PRÊMIO SÃO PAULO DE LITERATURA 2013, doravante referido como PRÊMIO, nos termos e condições estabelecidas neste Edital, que se regerá pela Lei Estadual n.º 6.544/1989, pela Lei Federal n.º 8.666/1993, e respectivas alterações, assim como pelas demais normas legais e regulamentares pertinentes à espécie.
1. DO OBJETO Constitui objeto deste concurso a seleção de livros escritos em língua portuguesa, editados e comercializados no Brasil em 2012, tendo como finalidade conferir 03 (três) prêmios:
a) Prêmio São Paulo de Melhor Livro do Ano de 2012;
b) Prêmio São Paulo de Melhores Livros do Ano de 2012 – Autores Estreantes sendo:
b.1) 01 (um) prêmio para o melhor livro escrito por autor estreante com até 40 (quarenta) anos de idade; b.2) 01 (um) prêmio para melhor livro escrito por autor estreante com mais de 40 (quarenta) anos de idade.

quinta-feira, 27 de junho de 2013

[Resenha] A Trilogia do Mago Negro - O Clã dos Magos Livro I

"Cuidado com o que você deseja, você pode se tornar um deles."

O clã dos magos nos leva até a cidade de Imardin onde conhecemos Sonea, a personagem principal do livro, uma favelada que descobre em um dia típico da Purificação que tem poderes especiais. Quando os magos do clã percebem que há uma pessoa fora do clã que possui magia, eles ficam loucos e uma perseguição começa. Uma coisa bem gato e rato.

Com a ajuda de seus amigos de infância Harrin e Cery, Sonea consegue se manter longe do clã por algum tempo . Porém, eles acham melhor pedir auxilio aos Ladrões, uma organização que mantêm a ordem nas favelas, onde a polícia encontra alguns problemas. Neste ponto da obra, Sonea é "encontrada" pelo clã, permanecendo nos aposentos de Rothen. Eles começam, então, a conversar e uma série de questões sociais e políticas são posta a mesa.

" - Se uma grande quantia de dinheiro fosse dada a pessoas que você conhece nas favelas - disse ele, lentamente - , você acha que o partilharia para ajudar os outros?
- Sim - respondeu ela.
Ele levantou uma sobrancelha.
- Então nenhuma dessas pessoas ficaria tentada a guardá-lo todo para si?
Sonea fez uma pausa. Ela conhecia algumas pessoas que não o fariam. Bem, mais do que algumas.
- Algumas, acho eu - admitiu ela.
- Ah - disse ele - Mas você não queria que eu acreditasse que todos os moradores das favelas fossem pessoas egoístas, queria? Nem deveria você acreditar que todos os magos são egocêntricos. "

Os magos são conhecidos pelas pessoas da favela como a Elite, apenas pessoas ricas e os primogênitos dessas casas ricas são escolhidos para fazer parte do Clã – isso se houver alguma magia dentro deles. Os favelados odeiam o clã porque, na visão deles, os pertencentes a este grupo vivem na mordomia e, com o dinheiro que eles têm, poderiam ajudar a cuidar das pessoas mais pobres.

Aos poucos, Sonea vai nos mostrando o clã e suas habilidades com a magia vão melhorando quando ela começa a ter confiança em Rothen.

Confesso que na metade do livro eu o achei meio paradão, porém você fica curiosa sobre o Lorde Supremo e o que Fergun um mago fraco do clã, que é muito chato, irá fazer. Lá pelo final do livro você vai querer dar um murro na cara da Sonea, experiência própria.

Após todos os motivos para ela não aceitar ficar no clã e ter seus poderes bloqueados, Sonea acaba aceitando ficar e, sendo assim, a primeira pessoa fora das Casas ser uma aprendiz dos magos.

Uma favelada no clã, uma aprendiz nova, novas aventuras é que nós esperamos para ela no próximo livro.

Livro: A Trilogia do Mago Negro - Livro I - O Clã dos Magos
Autor: Trudi Canavan
Tradução: Robson Falcheti Peixoto
Editora: Nova Conceito
Lançamento: 2012

Sinopse: Todos os anos, os magos de Imardin reúnem-se para purificar as ruas da cidade dos pedintes, criminosos e vagabundos. Mestres das disciplinas de magia, sabem que ninguém pode opor-se a eles. No entanto, seu escudo protetor não é tão impenetrável quanto acreditam.
Enquanto a multidão é expurgada da cidade, uma jovem garota de rua, furiosa com o tratamento dispensado pelas autoridades a sua família e amigos, atira uma pedra ao escudo protetor, colocando nisso toda a raiva que sente. Para o espanto de todos que testemunham a ação, a pedra atravessa sem difi culdades a barreira e deixa um dos mágicos inconsciente.
Trata-se de um ato inconcebível, e o maior medo da Clã de repente se concretiza: uma maga não treinada está à solta pelas ruas. Ela deve ser encontrada, e rápido, antes que seus poderes fiquem fora de controle e destruam a todos.

Sobre a Autora:
Camila CompariniCamila Comparini é Farmacêutica e Bioquímica formada pela Universidade Metodista de São Paulo. Adora ler, adora Literatura de Fantasia e Romance Policial e defende com unhas e dentes esse tipo de literatura. 

segunda-feira, 24 de junho de 2013

[Evento] A Viagem como Formação do Escritor

Na próxima quarta-feira, 26, o escritor Tiago Novaes estará na Casa das Rosas palestrando sobre a emancipação do autor pela palavra. Confira abaixo as informações e participe!


quinta-feira, 13 de junho de 2013

Toni Brandão no 4º Congresso do Livro Digital

O autor de livros infanto-juvenis Toni Brandão esteve no 4º Congresso do Livro Digital, promovido pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), e apresentou projetos divertidos para debater o Perfil - "O livro digital infantil e juvenil - livro ou game?".

Confira abaixo o vídeo com parte da apresentação:

terça-feira, 11 de junho de 2013

[vem aí] O ladrão de destinos, de Nanuka Andrade

A editora Subtítulo divulgou seu mais novo lançamento para julho. Trata-se de O ladrão de destinos, do autor paulista Nanuka Andrade. A obra está em pré-venda na Saraiva, Cultura e no site da editora Subtítulo

Confira sinopse, primeiro capítulo e capa.


  


Para uma menina sonâmbula como Mayumi, o risco de despencar de um telhado ou ser atropelada por um automóvel enquanto está dormindo é apenas um dos diversos riscos que este terrível distúrbio do sono pode oferecer. Afinal, perigo maior está entre os sonhos que a menina tem todas as vezes em que isso acontece. Neles, acredita viajar para um lugar chamado Orla, onde pessoas vivas ou mortas transitam sem a menor cerimônia. Quando terríveis eventos passam a colocar a vida de recém-nascidos em risco, Mayumi se vê obrigada a descobrir quem está por trás destes misteriosos eventos. Alguém conhecido à boca pequena como o Ladrão de Destinos. 

Leia o primeiro capítulo aqui.


E tem evento de lançamento na Livraria Saraiva Megastore, de Campinas! No dia 13 de Julho, sábado.





Lançamentos da Companhia das Letras.

Confira os principais lançamentos dessa semana da Companhia das Letras.





 


13 palavras, de Lemony Snicket (Trad. Érico Assis) 
A partir de 13 palavras aparentemente aleatórias, Lemony Snicket e Maira Kalman criaram esta história peculiar e irreverente, sobre uma passarinha melancólica e um cão que tenta alegrá-la a todo custo, oferecendo, por exemplo, bolos e chapéus. As crianças vão se surpreender com este livro extravagante e lindamente ilustrado. 

Amanhã para sempre, de Jorge G. Castañeda (Trad. Luiz A. de Araújo) 
O intelectual, diplomata e político Jorge G. Castañeda é um dos intérpretes mais respeitados do México. Além de diversos livros sobre o tema, o autor de Amanhã para sempre tem se dedicado a investigar as singularidades do caráter nacional e da formação histórica de seu país, forjados basicamente pela submissão do substrato racial, linguístico e cultural das civilizações indígenas preexistentes à conquista e às contribuições impostas pelo colonizador ibérico. Neste ensaio ambicioso e abrangente, que contém capítulos especiais para a edição brasileira, Castañeda investiga as origens do México moderno nos momentos decisivos dos cinco séculos desde a chegada dos espanhóis, recuando até a era pré-colombiana para rastrear os traços primordiais da nacionalidade. Para Castañeda, o México e os mexicanos conquistarão um futuro radioso se conseguirem superar o isolacionismo e o individualismo engendrados em sua longa história de espoliação colonial, violência política e injustiças sociais.  

México, de Erico Verissimo 
Na primavera de 1955, esgotado pela rotina burocrática de seu cargo na sede da OEA em Washington, Erico Verissimo sai de férias com a mulher, Mafalda, para viajar pelo México. O autor de O tempo e o vento e sua companheira de viagem, sufocados pelo cotidiano asséptico nos Estados Unidos, ansiavam reencontrar-se com o universo mágico da cultura latino-americana. Seguindo um roteiro que incluiu a capital federal, Oaxaca, Puebla, Taxco e outras cidades da Meseta Central, os Verissimo se surpreenderam com a natureza ao mesmo tempo exótica e familiar da mexicanidad. O bloqueio criativo que afetava o escritor e os vulcões que espreitam a milenar história do país. Permeado de argutas reflexões estéticas e antropológicas, este livro é o saboroso relato de Verissimo na pátria de Diego RIvera, José Vasconcelos e Octavio Paz. 

Malcolm X, de Manning Marable (Trad. Berilo Vargas) 
“Até agora só os negros sangraram, e isso não é visto pelos brancos como derramamento de sangue. Para que o homem branco considere um conflito sangrento, é preciso que sangue branco seja derramado.” Nada mais distinto da mensagem de paz propagada por Malcolm X (1925-1965) em seus últimos meses de vida que o ódio racial que até o início de 1964 lhe impregnava as palavras como ministro da Nação do Islã. Essa transformação radical foi apenas uma das metamorfoses sofridas pelo inspirador do movimento Black Power ao longo de uma existência curta mas plena e tumultuada como poucas. Da pobreza da infância órfã à conversão ao Islã, dos crimes inconsequentes da juventude à longa pena cumprida por assalto armado, dos períodos como gigolô e traficante de drogas à defesa veemente dos direitos civis dos negros americanos, este ambicioso relato biográfico reconstitui o heterodoxo percurso de um dos ativistas políticos mais influentes do século XX, símbolo trágico de uma época de profundas transformações na sociedade norte-americana. 

Pastoral americana, de Philip Roth (Trad. Rubens Figueiredo) 
No estilo impetuoso de Philip Roth, Pastoral americana narra os esforços de Seymour Levov para manter de pé um paraíso feito de enganos. Filho de imigrantes judeus que deram duro para subir na vida, Seymour tenta em vão comunicar um legado moral à terceira geração da família. Esmagado entre duas épocas que não se entendem e desejam destruir-se mutuamente, Seymour se apega até o fim a crenças que se mostram cada vez mais irreais. A força de sua obstinação em defesa de uma causa perdidalhe confere um caráter ao mesmo tempo de heroísmo e desatino. Para contar a história, Philip Roth ressuscita seu famoso alter ego, o romancista Nathan Zuckerman, herói e narrador dos romances Casei com um comunista e A marca humana. Na voz de Zuckerman, Seymour Levov assume a dimensão patética de um Adão obediente que um dia, sem entender por quê, se vê expulso do paraíso.  

O amor de uma boa mulher, de Alice Munro (Trad. Jorio Dauster) 
Vencedor no National Book Critis Circle Award (1998), O amor de uma boa mulher reúne oito contos da canadense Alice Munro, uma das mais prestigiadas escritoras de língua inglesa da atualidade. Suas histórias – que podem ser lidas como pequenos romances – revelam a complexidade de personagens à deriva, cujos turbilhões se formam sob a aparente normalidade dos eventos cotidianos.  

O império de Hitler, de Mark Mazower (Trad. Claudio Carina e Lucia Boldrini) 
O império de Hitler foi a maior, mais brutal e ambiciosa tentativa de reformulação das fronteiras europeias na era moderna. Inspirado no legado de potências imperiais como Roma ou a Grã-Bretanha, o Terceiro Reich impôs sua sombra maldita das ilhas do Canal (a poucos quilômetros por mar da grande nêmesis da Alemanha na Segunda Guerra, a Inglaterra) ao Cáucaso, reunindo milhões de súditos das mais diversas etnias, culturas e religiões. Neste trabalho de fôlego – que apresenta uma tese inovadora e surpreendente sobre a derrocada alemã -, o historiador Mark Mazower mostra, no entanto, que os domínios do Reich tinham por base um castelo de cartas. Uma aliança nefasta entre incompetência administrativa e ausência de racionalidade tática levou não só ao colapso da ordem nazista como à decadência de todo um continente.  

Histórias do pai da História, de Ilan Brenman 
Muita gente acha que a “História”, aquela disciplina que aprendemos na escola, cheia de nomes e datas, não tem nada a ver com as histórias inventadas que lemos nos livros. Mas você sabia que, quando a matéria da História surgiu, ela era uma mistura de fatos reais com um tanto de imaginação? Quando voltavam para casa, os viajantes contavam aos outros tudo o que tinham visto – e um pouquinho do que não tinham visto -, e essa era a única forma de saber o que acontecia pelo mundo. Isso até Heródoto, um historiador e geógrafo grego nascido em 484 A.C., reunir aquilo que presenciou e ouviu falar em suas andanças num grande livro chamado Histórias. E é por isso que ele ficou conhecido como “O pai da História”: criou um documento que permitiu que todos tivessem acesso às mais vaiadas informações sobre o resto do mundo sempre que quisessem, e se tornou o inventor da ciência mais antiga do mundo ocidental. Neste livro, outro grande narrador apresenta alguns dos escritos mais interessantes que Heródoto nos deixou. Depois de lê-los, você verá que a realidade também pode ser uma bela história!

Confira capa da nova edição de E se fosse verdade..., de Marc Levy

A Suma de Letras irá relançar E se fosse verdade..., do autor Marc Levy. A obra deu origem ao filme que leva o mesmo nome e que foi estrelado por Reese Witherspoon e Mark Rufallo. 



 


Lauren é uma jovem médica com muito potencial: faz residência no San Francisco Memorial Hospital, na Califórnia. Porém, sua carreira promissora é interrompida quando ela é vítima de um grave acidente de carro e fica em estado de coma. Com morte cerebral confirmada, ela acorda e descobre que está fora de seu corpo – incomunicável como um fantasma. De forma misteriosa, Lauren consegue ser vista apenas pelo solitário Arthur, o novo inquilino de seu apartamento. Cético, ele leva algum tempo para acreditar na história da invasora, mas logo o sentimento entre os dois se torna algo a mais. Sem esperanças, os médicos e a família da jovem decidem fazer a eutanásia. Agora, o casal terá que lutar para salvar o corpo de Lauren, e descobrir alguma forma de reuni-lo com sua consciência.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

[Resenha] A arte de ouvir o coração, de Jan-Philipp Sendker

Foto por Fernanda Rodrigues - clique para ampliar.
A arte de ouvir o coração é o livro a primeira ficção em língua inglesa do alemão Jan-Philipp Sendker, autor de talento inestimável. Tocante e envolvente, o leitor se vê preso ao mistério narrado da primeira a última linha. O livro nos conta duas histórias: tudo começa quando o pai de Julia, um advogado birmanês bem-sucedido simplesmente desaparece sem justificativas aparente. Quatro anos depois do sumiço, a mãe de Julia entrega a filha uma carta de amor de seu pai encontrada e destinada a outra mulher, uma birmanesa chamada Mi Mi. Numa tentativa de entender o que aconteceu e de tentar descobrir onde o seu pai está, Julia vai à busca da única informação que tem em mãos, o endereço de Mi Mi. A partir deste ponto, acompanhamos Julia na descoberta da segunda narrativa da trama: a história de seu pai. 

Ao chegar à Birmânia, Julia estava cheia de dúvidas e planos. Advogada como o seu pai, a garota havia traçado uma estratégia de pesquisa e estava com a cabeça cheia de questionamentos que buscavam suas repostas: por que o pai sumira assim, sem mais nem menos? Será que ele não a amava? A angústia e a pressa a acompanhavam, até que ela conhece um senhor: U Ba, que está disposto a contar a parte da história de seu pai, Tin Win, que a família desconhecia, os seus primeiros 20 anos. 

Julia passa a conhecer um outro Tin Win, seu pai passa a ganhar novas formas. Em meio ao sofrimento dele, Julia é despertada para ver o mundo de uma maneira nunca vista por ela antes: com o coração. O amor entre Tin Win e Mi Mi deixa de ter cor, de ter distância, de ter interesses pessoais. Enquanto a superstição, os costumes e os mais variados sentimentos ditam o destino dos amantes, Julia é moldada por uma paz interior nunca vista. Sem dúvida, A arte de ouvir o coração é de uma sensibilidade jamais vista. 

A cultura birmanesa – com seus templos budistas, seus monges, seu clima e sua pobreza – é descrita de forma primorosa. Os detalhes faz com que os leitores se sintam lá, ouvindo U Ba narrando cada vírgula, cada pormenor. É interessante como o autor apresenta um ponto de vista que foge do senso comum (da pobreza como algo feio), retratando não apenas as belezas naturais, mas a beleza de espírito da população residente em Kalaw, Rangum e adjacência. A simplicidade é uma dádiva, não um peso. A família, como é visto ao fim, é um compromisso, não um fardo. (É na simplicidade e na honestidade que entendemos, inclusive, o porquê da capa ser cheia de insetos de variadas espécies)

É claro que, para entender toda a narrativa e, consequentemente, a razão da separação entre Tin Win e Mi Mi, temos que estar abertos às divergências culturais entre a nossa cultura – muitas vezes baseadas no ter e no imediatismo – e passar a outro ritmo: temos que sentir a cadência de nossos próprios corações. Falando assim, parece clichê; mas, definitivamente, a história está longe disso. De qualquer maneira, Sendker foi prevenido: colocou em Julia a reação e o provável ponto de vista que nós, pessoas com a vida corrida da cidade grande, teríamos. Vale ressaltar que, assim como acontece com Julia, o autor envolve o leitor de tal forma que acabamos nos rendendo a tal arte de ver o outro como pessoa com sentimentos genuínos. 

Mais que um livro de amor – quase utópico – A arte de ouvir o coração é uma história sobre os seres no mundo. Sem dúvida, vale muito à pena, não só pela descoberta que fazemos junto com a Julia, mas pela viagem que fazemos dentro de nós mesmos.

Ah! Sobre o final, quando ele parece óbvio, descobrimos, nas últimas linhas, mais uma informação surpreendente!

Capa.
Livro: A arte de ouvir o coração
Título original: The art of hearing heartbeats
Autor: Jan-Philipp Sendker
Tradução: Carolina Caires Coelho
Páginas: 256
Editora: Paralela
Sinopse: Um bem-sucedido advogado de Nova York desaparece de repente sem deixar vestígios e sem que sua família tenha qualquer ideia de onde ele possa estar. Até o dia em que Julia, sua filha, encontra uma carta de amor que ele escreveu há muitos anos para uma mulher birmanesa da qual nunca tinham ouvido falar. Com a intenção de resolver o mistério e descobrir enfim o passado de seu pai, Julia decide viajar para a aldeia onde a mulher morava. Lá, ela descobre histórias de um sofrimento inimaginável, a resistência e a paixão que irão reafirmar a crença no poder que o amor tem de mover montanhas.


Sobre a Autora:
Fernanda RodriguesFernanda Rodrigues é bacharela em Letras (Português e Inglês) e licenciada no curso de Formação de Professores da USJT. Além de ser professora de Língua Inglesa, é louca por assuntos que envolvam a Literatura, as demais artes e o processo de ensino e aprendizagem. Escreve no Algumas Observações, no Escritos Humanos, no Teoria, Prática e Aprendizado e no designdiPoesia

domingo, 2 de junho de 2013

Revelada a Capa do Novo Livro da Série Os Heróis do Olimpo

A Editora Intrínseca relevou nessa sexta - feira a capa do novo livro de Rick Riordan. House of Hades é o quarto livro da série Os Heróis do Olimpo! O lançamento do livro está previsto para outubro deste ano!





Leia a sinopse (em inglês) aqui: 

sábado, 1 de junho de 2013

[resenha] 72 horas para morrer, de Ricardo Ragazzo

 
72 horas para morrer chegou até nós por meio do booktour coordenado pelo blog 5 das artes. A narrativa nos apresenta a história de Julio Fontana, delegado em uma pequena cidade do interior, que vê a sua vida de cabeça para baixo quando uma série de assassinatos brutais, completamente ligada a ele, começa a acontecer. 

O livro é eletrizante do começo ao fim e essa ação implacável deixa o leitor ligado a mil volts. Porém há um ponto que bastante incômodo: a postura do personagem principal. 

Julio Fontana é o tipo de cara “machão”, que quer sempre as coisas do jeito dele e, quando a situação foge do seu comando, perde o controle – ainda que suas ações se justifiquem no decorrer da trama. Tais comportamentos geram no leitor vontade de matá-lo! Por vezes surge o desejo que ele morra no lugar das outras pessoas. Nota-se certa semelhança entre o protagonista e o Capitão Nascimento, de Tropa de Elite fato que induz os leitores a acreditarem que o autor tenha se espelhado em tal personagem para criar o Julio. Vale ressaltar que cada ação do delegado era premeditada, fazendo com que sua frieza desperte o ódio de quem o conhece logo nas primeiras linhas. 

Por ser o primeiro livro do autor Ricardo Ragazzo, 72 horas para morrer pode-se dizer que a narrativa é bem escrita e elaborada: ele faz uma jogada incrível entre a narração em 1ª pessoa, onde o foco é apenas Júlio Fontana, seus pensamentos e suas ações - que dão um toque cruel a trama -, até nos conduzir a algumas partes narrada em 3ª terceira pessoa - passagens que são capazes de causar arrepios em qualquer um, pois envolve muito o assassino e seus atos. 

Embora novato, é importante falar que o autor não se perde em momento algum. Sabe-se que são poucos aqueles que conseguem balancear dois tipos de narrativas em uma só obra, e Ricardo Ragazzo consegue fazer isso muito bem, sem deixar nada cansativo ou fora do contexto. 

As personagens são muito bem construídas, e a narrativa traz uma breve reflexão, um alerta: por trás de alguém muito bonzinho, existe um demônio avassalador, um mentiroso de verdade. 

Para quem gosta de livros policiais, 72 horas para morrer é uma ótima pedida e, o melhor, é de um autor brasileiro que sabe como fazer um livro eletrizante do início ao fim.
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