Mas tu podes ainda
A palavra na língua
Aquietá-los.
Mortos? O mundo.
Mas podes acordá-lo
Sortilégio de vida
Na palavra escrita.
Lúcidos? São poucos.
Mas se farão milhares
Se à lucidez dos poucos
Te juntares.
Raros? Teus preclaros amigos.
E tu mesmo, raro.
Se nas coisas que digo
Acreditares.
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Certa vez, vi este poema atribuído a Hilda Hilst. Não sei ao certo como e onde ela o publicou - se alguém souber, por favor, me diga nos comentários -, mas vejo estes versos com uma clara profundidade de quem foi, assim como eu, uma amante das palavras.
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