segunda-feira, 8 de setembro de 2014

[Resenha] Psicose, de Robert Bloch

Cena emblemática da versão cinematográfica de Psicose.

Todos conhecem o famoso filme de Alfred Hitchcock: Psicose. Mas são pouco aqueles que sabem sobre a existência do livro de mesmo nome escrito por Robert Bloch. Esta obra, que deu início a fama de Norman Bates, foi publicada em 1959. A história fora inspirada nos assassinatos cometidos por Ed Gein.

Diferente do filme, nesta narrativa conhecemos mais sobre a mente de Norman: suas mortes parecem mais intensas. Por ser um livro antigo, alguns podem até pensar que a escrita é complicada, mas não. A leitura é rápida e empolgante. Quem é leitor voraz, detestará ter que soltar o livro.

Norman Bates é um homem na casa dos trinta que ainda é dominado pela mãe. Os dois vivem em uma mansão atrás de seu empreendimento, o Bates Motel. Ele não é muito frequentado, até que Marion Crane aparece. Marion é uma secretária que roubou 40 mil dólares e fugiu, mas se perdeu no caminho e foi parar próximo a uma cidadezinha chamada Fairvale. Ela é muito bonita, e a mãe de Norman não gostou nem um pouco de ter uma bela mulher dormindo bem perto de sua casa. 

Sem conseguir nada tentando fazer a cabeça de seu filho, a Sra. Bates se vê em uma situação delicada. E qual seria a resposta para os seus problemas? Marion Crane desaparecer. Mas como fazer isso acontecer? Matando-a, assim ela jamais voltaria. Sendo assim, a Sra. Bates assassina Marion enquanto ela toma banho. 

Sem notícias de sua irmã, Lila Crane procura o namorado de Marion e os dois vão procura-la no tal Bates Motel. Os dois se hospedam e esperam por respostas. O detetive Milton Arbogast ajuda-os na procura. O resultado surpreende todos aqueles que não conhecem a história. Este é um thriller de mistério que envolveu milhares de pessoas com o filme e continua envolvendo até hoje. Alguns podem até não ter visto a película, muito menos lido o livro, mas todos conhecem Norman Bates e sua história. 

Psicose me chamou a atenção quando eu tinha dez anos e até hoje não paro de me empolgar com o enredo. Passei anos procurando o filme, pois não encontrava em lugar algum. Até que há um ano eu o encontrei em uma locadora de filmes, mas não a versão em preto e branco, esta fui encontrar depois sem legenda na internet. Tinha muitas expectativas para o filme e fiquei contentíssimo com o resultado. Quando consegui o livro, dei um tempo em todas as outras leituras e dediquei-me inteiramente a sua leitura. 

Enquanto lia, comparava-o com o filme, que fora bem fiel. Contudo ainda há alguns detalhes que eu preferi no livro, assim como há outros que preferi no filme. Uma das coisas que gostei mais na versão cinematográfica foi a escolha de quem iria interpretar Norman: Anthony Perkins. Ele fez um Norman melhor que o do livro. 

Esta foi uma das minhas leituras favoritas neste ano. Pretendo relê-lo algum dia. Quando terminei de ler, não parei de recomendá-lo para todos. Sempre pergunto: “Quando você vai ler Psicose?” 

Livro: Psicose 
Título original: Psycho 
Tradução: Anabela Paiva
Autor: Robert Bloch
Páginas: 240
Editora: Darkside
Sinopse: Psicose, o clássico de Robert Bloch, foi publicado originalmente em 1959, livremente inspirado no caso do assassino de Wisconsin, Ed Gein. O protagonista Norman Bates, assim como Gein, era um assassino solitário que vivia em uma localidade rural isolada, teve uma mãe dominadora, construiu um santuário para ela em um quarto e se vestia com roupas femininas. Em Psicose, sem edição no Brasil há 50 anos, Bloch antecipou e prenunciou a explosão do fenômeno serial killer do final dos anos 1980 e começo dos 1990. O livro, assim com o filme de Hitchcock, tornou-se um ícone do horror, inspirando um número sem fim de imitações inferiores, assim como a criação de Bloch, o esquizofrênico violento e travestido Bates, tornou-se um arquétipo do horror incorporado a cultura pop.

Sobre o autor: 

Osmar Neto é resenhista convidado no blog Nosso Clube do Livro. Lê todo tipo de livro, desde clássicos à literatura moderna. Já leu cerca de 102 livros. Além de seu vício em livros, ele também ama café e filmes. Nas horas vagas gosta de escrever algumas páginas para o seu próprio livro.

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