terça-feira, 12 de novembro de 2013

[Lançamentos] Novidades da Companhia das Letras

A semana cento e setenta e oito trouxe 3 lançamentos na Companhia das Letras:


Ligue os pontos, de Gregorio Duvivier 
Um dos maiores responsáveis pelo sucesso do canal Porta dos Fundos, o ator e roteirista Gregorio Duvivier tem revelado grande habilidade em transformar a tragicomédia da vida contemporânea numa provocativa salada de gags que misturam absurdo e realidade. Ligue os pontos mostra que, para além da prosa humorística, o tratamento lúdico das palavras pode render poesia de qualidade. Refinada no curso de Letras da PUC-Rio – e elogiada por autoridades como Millôr Fernandes, Paulo Henriques Britto e Ferreira Gullar -, a escrita poética de Duvivier tem foco na importância descomunal dos momentos insignificantes do cotidiano. Flashes pungentes e irônicos da adolescência – o autor é um expoente da “geração do bug do milênio” -, o mistério da criação, as palavras e suas relações inusitadas, a experiência do amor vivido enfim como gente grande, a transitoriedade de tudo: tendo a geografia sentimental do Rio de Janeiro como pano de fundo, a constelação de poemas de Ligue os pontos revela uma dicção marcadamente individual, que flerta, contudo, com o melhor da tradição carioca nonchalante, e extrai do dia a dia compartilhado imagens de desconcertante beleza. 

Bullet Park, de John Cheever 
(Tradução de Pedro Sette-Câmara) 
Bem-vindo a Bullet Park, uma cidade em que até os burgueses mais engomadinhos conseguem se assustar com a sua própria imagem no espelho. Nesse ambiente exemplar, John Cheever retrata o fatídico encontro de dois homens: Eliot Nailles, um bom sujeito que ama sua esposa e seu filho de forma contente e um tanto alheia, e Paul Hammer, um bastardo cujo nome veio de um simples instrumento caseiro e que, após passar metade da vida a esmo, vai morar em Bullet Park com um objetivo – assassinar o filho de Nailles. Uma homenagem lírica, divertida e mordaz ao subúrbio americano – e a toda a (duvidosa) normalidade que ele representa – pelas mãos de um dos grandes nomes da literatura dos Estados Unidos. 

Portfolio-Penguin 

O mapa e o território, de Alan Greenspan 
(Tradução de André Fontenelle e Otacílio Nunes Jr.) 
O mapa e o território é um tratado minucioso sobre como atualizar a grade conceitual de que dispomos para fazer previsões. Integrando o mais recente trabalho de economistas comportamentais, a história das previsões econômicas e suas próprias memórias, Greenspan oferece ao leitor uma visão lúcida e fundamentada sobre o que podemos ou não prever acerca do futuro. O mapa e o território explora o modo como a cultura determina o destino dos países, além de apontar possíveis caminhos diante de alguns dos maiores desafios que se apresentam para a humanidade, da reforma do Estado do bem-estar social aos desastres naturais em uma era de aquecimento global. Nenhum mapa é o território, mas a abordagem de Alan Greenspan, amparada pelo rigor e perspicácia que lhe são peculiares, assegura que este mapa será de grande valia para traçar jornadas mais seguras em diferentes estradas, transitadas por indivíduos, empresas e pelo Estado.

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