[coluna] Com a palavra, o autor!

Olá! 

Hoje apresentamos mais uma coluna no blog, chama-se "Com a palavra, o autor". Nessa coluna, alguns autores convidados terão a liberdade de falar sobre qualquer assunto, desde suas influências literárias até sobre o provável início da 3ª guerra mundial (brincadeira). 

Iniciamos a coluna com a Roberta Splinder, co-autora do livro Os Contos de Meigan (confira a resenha aqui) e ela apresenta para os leitores as suas influências literárias. 

Confira.  

Com a palavra, o autor!  

Roberta Splinder 

Olá pessoal! 

Tudo bom com vocês? Para aqueles que não me conhecem, sou Roberta Spindler, co-autora do romance de fantasia Contos de Meigan – A Fúria dos Cártagos. Hoje vou dividir com vocês um pouco das minhas influências literárias e inspirações para escrever. Este é um tópico recorrente em diversas entrevistas, então achei que seria interessante abordá-lo de maneira mais detalhada. Vamos lá?

J.R.R. Tolkien

Para iniciar, preciso falar do grande J. R. R. Tolkien. O Senhor dos Anéis foi um dos primeiros livros de fantasia que li e que logo me conquistou. Fiquei apaixonada pela Terra Média e seus habitantes.A personagem Éowyn me encantou e até hoje figura entre as minhas favoritas. Minha admiração pelo autor só aumentou quando li O Silmarillion, minha obra favorita dele, que foi editada e publicada por Christopher Tolkienapós a morte do pai.

A escrita de Tolkien é repleta de detalhes e descrições, muitas vezes e é considerada enfadonha. Já para mim, foram tais características que diferenciaram sua narrativa, juntamente com sua capacidade criativa, destacando a coesão e a quantidade de informações que moldam o mundo que criou. Foi conhecendo estas histórias que comecei a me interessar pela escrita. Através da obra de Tolkien, percebi que os livros poderiam ser mágicos.

Durante a escrita de Contos de Meigan, dois livros que me ajudaram bastante foram A Última Guerreira e Portões de Fogo, de Steven Pressfield. São ótimos romances históricos que se passam na Grécia antiga, o primeiro tendo como focoas amazonas e o segundo a Batalha de Termópilas. A narrativa de Steven é direta e realista, não poupando os detalhes violentos das diversas batalhas travadas, transmitindo para o leitor umaintensa sensação de veracidade durante o processo de leitura. Estas referências, então, foram de grande valia enquanto detalhava as lutas entre magis e cártagos.

  

Outra influência é uma trilogia que, infelizmente, não possui muito reconhecimento por aqui; Lian Hearn, pseudônimo usado por Gillian Rubinstein, tem uma narrativa envolvente e um tanto poética. Descobri os livros meio ao acaso e não consegui parar de ler. A história se passa num país fictício, com várias características que nos remetem ao Japão feudal. Praticamente todos os personagens são cativantes, com destaque para o casal protagonista Takeo e Kaede. A autora mesclou muito bem o elemento fantástico com a cultura oriental, a qual sempre me interessou. Além disso, foi meu primeiro contato com uma fantasia de teor mais adulto. Até hoje, A Saga Otori está entre as minhas sagas preferidas.

  

Além destes livros, poderia falar de muitos outros, como a saga Fronteiras do Universo e As Crônicas de Gelo e Fogo. No entanto, acredito queestes aqui citados representam bem minhas principais influências e também fogem um pouco do lugar comum (com exceção de Tolkien).

Espero que tenham gostado. Se já leram algum deles, o que acharam? Já conheciam A Saga Otori? Os comentários estão abertos para vocês darem suas opiniões, adoraria conhecê-las. 

Por fim, quero agradecer ao blog Nosso Clube do Livro pelo convite. Fiquei muito feliz por participar desta coluna e espero que nos reencontremos por aqui em breve.=)