Hoje as nossas indicações da semana são de três edições esplêndidas de Carlos Drummond de Andrade, feitas pelo Instituto Moreira Salles, que todo o amante de Literatura Brasileira deveria conhecer. O motivo? Além dos comentários, análises e notas, temos a caligrafia do Drummond nelas!
Autor: Carlos Drummond de Andrade
Editora: Instituto Moreira Salles
Sinopse: Alguma poesia – O livro em seu tempo é a edição especial com textos, críticas e anotações que comemora os 80 anos de Alguma poesia, livro de estreia do poeta mineiro Carlos Drummond de Andrade.
Organizada por Eucanaã Ferraz – responsável pela programação literária do IMS –, a publicação traz um fac-símile do volume que pertenceu ao próprio Drummond, com anotações manuscritas de mudanças que o poeta incorporaria nas edições seguintes. Além disso, reúne cartas de amigos e críticos acusando o recebimento do livro, bem como uma rica amostra das resenhas e artigos publicados no calor da hora pelos jornais de 1930 e 1931. Um texto de apresentação, assinado pelo organizador, traça o percurso de Drummond de 1924 até maio de 1930 e mostra que, desde as primeiras semanas em que começou a circular, Alguma poesia já se afirmava como peça central da poesia brasileira, objeto de elogios e de polêmicas e críticas.
Para a edição do IMS, foi imprescindível a colaboração dos netos de Drummond, Pedro Augusto e Luis Mauricio Graña Drummond, e da Fundação Casa de Rui Barbosa – especificamente do seu Arquivo Museu de Literatura Brasileira, onde estão depositados os recortes, fotos e cartas que ilustram a edição.
Autor: Carlos Drummond de Andrade
Editora: Instituto Moreira Salles
Sinopse: Para marcar os 40 anos do poema “No meio do caminho”, Carlos Drummond de Andrade publicou, em 1967, o livro Uma pedra no meio do caminho – Biografia de um poema, no qual reuniu uma ampla seleção com o que foi dito sobre os famosos versos. O Instituto Moreira Salles lança uma nova edição do livro concebido pelo próprio Drummond, ampliada pelo também poeta Eucanaã Ferraz.
Uma pedra no meio do caminho – Biografia de um poema traz todo o conteúdo de sua versão original: texto de apresentação de Arnaldo Saraiva e fortuna crítica do poema mais discutido do modernismo literário brasileiro, publicado pela primeira vez na Revista de Antropofagia, em 1928. A publicação do IMS traz também duas seções inéditas: “Ainda a pedra”, que complementa a seleção feita por Drummond com textos, charges e ilustrações sobre o poema posteriores a 1967; e “Biografia da biografia”, que reúne resenhas e comentários sobre o livro desde seu lançamento.
Segundo Eucanaã Ferraz, a primeira edição de Uma pedra no meio do caminho – Biografia de um poema foi uma espécie de resposta de Carlos Drummond de Andrade à dura crítica recebida pelo “poeminha da pedra”. “Houve o tempo em que um trabalho miúdo e constante de difamação do modernismo tomava como exemplo da pior literatura o poema ‘No meio do caminho’”, explica Eucanaã em seu texto de apresentação desta nova edição. Os insultos ao poema transformaram o próprio texto em obstáculo ao escritor, como a pedra criada pelos seus versos. Drummond, com ironia, resolveu então publicar todas as críticas sobre seu poema e devolveu aos seus leitores o documentário produzido ao longo de 40 anos.
Livro: Versos de circunstância
Autor: Carlos Drummond de Andrade
Editora: Instituto Moreira Salles
Sinopse: Versos de circunstância reúne poemas de ocasião escritos por Carlos Drummond de Andrade. Dos 295 poemas, datados entre 1951 e 1968, 229 são inéditos. Com organização do poeta e consultor de literatura do IMS Eucanaã Ferraz e texto de abertura do professor Marcos Antonio de Moraes, o livro publica, além dos versos transcritos, todos os poemas em fac-símile, nos quais é possível acompanhar, na caligrafia fluente de Drummond, o envio das dedicatórias, homenagens, votos de boas-festas e outros textos movidos pelo momento.
Versos de circunstância foi o nome dado pelo próprio Drummond aos três pequenos cadernos da marca De Luxe nos quais o autor anotou as dedicatórias que escrevia antes de enviá-las a familiares e amigos – muitos deles nomes importantes da vida pública brasileira, como Otto Maria Carpeaux, Lygia Fagundes Telles, José Olympio, Cleonice Berardinelli. Desses cadernos, que são conservados no Arquivo-Museu da Literatura Brasileira da Fundação Casa de Rui Barbosa, saltam nomes, datas, acontecimentos, conversas, segredos e declarações. Para Eucanaã Ferraz, “o registro desses versos circunstanciais teve em sua origem, necessariamente, a consciência aguda do desaparecimento, da dispersão, mas também o sentimento de que a escrita pode ultrapassar a morte”.
Plenos de amor, intimidade, jogos onomásticos e experimentações sonoras, os poemas são também testemunhos das relações intelectuais e afetivas que traçaram redes de sociabilidade no campo literário em torno do maior poeta brasileiro.
*_* manuscritos? onde posso achar esses livros pra comprar?
ResponderExcluirLucila, aqui eu vi na Livraria Cultura e na Livraria Martins Fontes. Também tem no próprio site do IMS. ;)
Excluir:*
vlw pela dica! :*
ResponderExcluir