segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Últimos lançamentos da Companhia das Letras

Confira os últimos lançamentos da Companhia das Letras 

OS GÊMEOS - Crônicas de Salicanda - Livro I  
Pauline Alphen 

Claris e Jad são irmãos gêmeos tão inversos quanto idênticos. Compartilham sentimentos e pensamentos, mas enquanto Jad tem um coração frágil e sofre de enxaquecas terríveis, condições que lhe impedem de passar muito tempo ao ar livre, Claris é uma garota cheia de vida, destemida, que sonha em viver grandes aventuras. Aventuras como as que lê na Torre dos Livros, onde seu melancólico pai vive enfurnado desde o sumiço da mulher; aventuras como aquelas que a mãe lia para ela; aventuras como as que Jad, com seus problemas de saúde, não pode experimentar. Eles vivem em uma aldeia chamada Salicanda, em um castelo cravado num vale isolado por uma cadeia de montanhas e encharcado por uma chuva fina e incessante, com o pai, Eben; um preceptor, Blaise; e a ama, Chandra. A mãe, Sierra, desapareceu em uma noite de temporal, no dia em que os gêmeos completavam três anos, deixando a família despedaçada e muitas perguntas no ar. Claris, que divide o tempo entre os livros, as aulas de esgrima e as cavalgadas na floresta, anda obcecada com a ideia de que as aventuras são sempre protagonizadas por meninos - o que ela acha extremamente irritante. Mas está enganada, pois vai viver uma aventura e tanto ao lado do irmão. À procura de respostas para os mistérios que envolvem o sumiço da mãe, a história de Salicanda e os dons sobrenaturais que parecem ter herdado de Sierra, os gêmeos vão ultrapassar as fronteiras do castelo onde vivem e também do seu mundo: aquele da infância dos dois, o de um passado que eles desconhecem.

Leia um trecho clicando aqui

 
O ÚLTIMO SUSPIRO DO MOURO (EDIÇÃO DE BOLSO)  
Salman Rushdie 

Em 1988, o aiatolá Khomeini condenou Rushdie à morte por ter escrito um livro que desagradou aos fundamentalistas islâmicos. A resposta do autor foi este romance: uma defesa contundente das virtudes do pluralismo e da tolerância, em oposição às pretensas verdades únicas e excludentes. A trama começa no sul da Índia, no tempo em que a independência era apenas um sonho, passa pela Bombaim feérica dos anos 1980 e 1990 e termina no sul da Espanha. Uma história fascinante, narrada por um herói picaresco em cujas veias corre sangue português, judeu, árabe e indiano - um indivíduo que escapa às classificações estreitas de todos os sectarismos nacionalistas, étnicos e religiosos. 

A EDUCAÇÃO DE UMA CRIANÇA SOB O PROTETORADO BRITÂNICO - Ensaios  
Chinua Achebe 

Em 1958, aos 28 anos, Chinua Achebe publicou seu primeiro e mais importante romance, O mundo se despedaça. Marco inicial da literatura moderna de seu país, o livro foi traduzido para mais de quarenta idiomas e vendeu milhões de exemplares em todo o mundo. Impulsionado pelo êxito internacional, Achebe publicou poemas, contos e crítica. Esta coletânea da vertente ensaística de sua longa carreira reúne textos apresentados em palestras, conferências e homenagens a outros escritores. Achebe passa em revista momentos decisivos de sua relação com a criação ficcional, a política e a cultura. Ele também discute livros de escritores ocidentais estreitamente ligados aos temas do colonialismo e da diáspora africana: Joseph Conrad, Richard Wright, James Baldwin, entre outros. A crítica do colonialismo europeu e a análise de suas catastróficas consequências perpassam todos os ensaios reunidos, sem contudo impregná-los de pessimismo. Ao contrário, o humanismo incondicional de Achebe aponta possíveis caminhos para a superação dos eternos problemas do continente africano. 

CLARA DOS ANJOS 
Lima Barreto 

No início de 1922, Lima Barreto anunciava na imprensa do Rio de Janeiro que seu novo romance, intitulado Clara dos Anjos, já estava “bem adiantado”, e que em breve ele seria publicado. Naquele ano, porém, o público carioca apenas conheceu um dos capítulos iniciais do livro, saído na edição de maio da revista Mundo Literário. Em 1o. de novembro, vitimado por um ataque cardíaco, Lima Barreto morreu sem concluir um de seus últimos e mais ambiciosos projetos literários. O escritor retrabalhava o texto desde 1904, animado pelo desejo de convertê-lo numa espécie de epopeia suburbana a partir da malfadada trajetória de Clara dos Anjos. A história foi publicada em folhetim entre 1923 e 1924, e somente apareceria em volume mais de duas décadas depois, em 1948. Desde então, Clara dos Anjos, que narra as desventuras de uma adolescente pobre e mulata seduzida por um malandro branco, tem sido avaliado por diversos críticos como um romance que não está à altura da melhor produção de Lima Barreto. Entretanto, esta reedição - com textos críticos de Sergio Buarque de Holanda, Lúcia Miguel Pereira e Beatriz Resende, bem como um amplo aparato de notas explicativas a cargo de Lilia Moritz Schwarcz e Pedro Galdino - é uma boa oportunidade para reavaliar esse conceito, permitindo situá-la entre os textos-chave do criador de Triste fim de Policarpo Quaresma. Numerosas conexões biográficas com personagens da história de Clara e Cassi Jones, um dos protótipos literários da malandragem suburbana, revelam as opiniões de Lima Barreto acerca de si mesmo e da sociedade brasileira, ainda hoje marcada pelo racismo que subjaz às tragédias pessoais do autor e de sua protagonista. 

DIÁRIO DE OAXACA  
Oliver Sacks 

Conhecido por seus relatos clínicos que desvendam grandes mistérios do cérebro humano, Oliver Sacks revela uma nova faceta em seu diário de viagem para o estado de Oaxaca, no México. Durante dez dias, acompanhou um grupo de botânicos e cientistas amadores interessados em conhecer o hábitat das samambaias mais raras do mundo. Entre descrições minuciosas da morfologia das plantas e uma ou outra digressão acerca de pássaros e tipos de solo, o texto concentra toda a sua força em desvendar um grande mistério da mente humana: a curiosidade científica. Ao observar de perto o comportamento de seus colegas de excursão, Oliver Sacks revela que a ciência, longe de ser uma seara de cálculos e experimentos, nasce do interesse genuíno e apaixonado de amadores, cuja erudição nem sempre supera a vontade de aprender e descobrir fatos novos. Os personagens que compõem a expedição são sui generis. O grupo é composto de tipos humanos diversos: homens e mulheres, americanos e ingleses, cientistas e curiosos circulam com desenvoltura por selvas e grutas, mas protagonizam cenas de verdadeira comédia ao tentar, sem sucesso, se imiscuir no cotidiano das cidades mexicanas por onde passam. É o caso da visita coletiva feita a um alambique onde se processa o mescal, bebida alcoólica extraída do agave, uma planta nativa que também dá origem à tequila. Levemente alterados pela degustação a que se submetem no maior “interesse científico”, os expedicionários terminam sentados em uma pequena planície das redondezas, uivando para a lua e se “perguntando como será que os lobos e os outros animais se sentiram quando a lua, a sua lua, lhes foi roubada”. Composto de uma gama variada de assuntos, Diário de Oaxaca versa ainda sobre a intimidade de Oliver Sacks, cujo mal-estar em relação aos meios oficiais e ultracompetitivos da ciência contemporânea fica evidente nas diversas passagens em que o autor externaliza sua admiração pelos amadores - classe de cientistas à qual, aliás, o livro é dedicado. 

A ÁGUIA QUE NÃO QUERIA VOAR 
James Aggrey  

A águia que não queria voar é um livro muito especial por pelo menos duas razões. A primeira é que essa bela parábola de autoria do educador ganense James Aggrey ganhou o mundo, repetida em um sem-número de versões e idiomas, desde a sua escritura, um século atrás. A segunda é que o original alemão, de 1985, marcou a estreia de um dos mais aclamados ilustradores de livros infantojuvenis das duas últimas décadas: Wolf Erlbruch, ilustrador de Da pequena toupeira que queria saber quem fez cocô na cabeça dela, entre outros livros de sucesso. Aggrey escreveu essa pequena história sobre uma águia que, criada entre galinhas, não queria voar como um lembrete aos povos africanos, então sob dominação europeia. Ele queria mostrar a eles que a riqueza de suas culturas e tradições seguia viva, a despeito da opressão; pretendia redespertá-los para sua grandeza esquecida: seu majestoso destino de águias, e não de submissas galinhas. Uma lição muito bem-vinda, a todos os povos, de todas as épocas e continentes. 


NA CASA DO LEO - O CORPO HUMANO  
Philip Ardagh 

Leo é um garoto muito curioso que, junto com seu cachorro Naftalina, sempre recebe visitas, digamos, muito ilustres, que aparecem cheias de informações e novidades sobre os assuntos mais variados. Neste volume da coleção Na Casa do Leo, o garoto conhecerá o dr. Estênio Escópio e o seu assistente Osso-Duro, com quem vai aprender que os bebês têm mais ossos que um adulto; que os nossos músculos mais poderosos são aqueles usados para morder; que a nossa pele bombeia água salgada - o suor - para se refrescar e tem sensores de toque para que possamos distinguir as coisas ásperas das suaves; que os nossos ouvidos, além de responsáveis pela audição, promovem também o equilíbrio do corpo, entre tantas outras coisas interessantes. Em formato de história em quadrinhos e com conteúdo informativo, este livro tem linguagem acessível a leitores iniciantes. Ao final, um glossário traz a explicação de termos relacionados ao corpo humano. 

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BETO E BIA EM DE MENTIRINHA  
Geoffrey Hayes 

Beto está brincando de pirata, e lá vem sua irmãzinha Bia atrapalhar! Ela quer muito brincar também, mas é pequena demais e não sabe de nada, segundo Beto, que quer mais é arranjar um jeito de se livrar dela... Quando ele finalmente consegue despistar a irmã, não fica lá tão satisfeito - descobre que brincar sozinho não tem muita graça... Este conto sensível e divertido sobre a relação entre irmãos é o terceiro volume da série Toon Books, que apresenta histórias em quadrinhos feitas por grandes artistas para crianças a partir de dois anos, mas que devem agradar leitores de todas as idades. 

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O PEIXE E A PASSARINHA  
Blandina Franco 

Em um rio cercado de árvores viviam um certo peixe - que passava horas admirando o desenho das nuvens - e uma certa passarinha, que adorava observar a paisagem refletida na água. Quando um dia os dois resolvem comer a mesma minhoca na mesma hora dão início a uma longa amizade, que acaba se transformando em amor. Os outros bichos da floresta criticam a relação dos dois, que gastam o dia contando histórias um para o outro. Eles mesmos percebem que a união não vai ser fácil - onde é que poderiam morar, juntos? É um amor improvável, mas não impossível: nesta história os dois acabam juntos, e felizes para sempre (e com uma rãzinha adotiva).

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