sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Lançamentos da Editora Rocco.

Confira os principais lançamentos da Editora Rocco.


A Condessa cega e a máquina de escreverCarey Wallace

Em 1808, o inventor italiano Pellegrino Turri di Castelnuovo construiu a primeira máquina de escrever do mundo para ajudar a condessa Carolina Fantoni da Fivizzono, que havia ficado cega, a se comunicar. As cartas que ela enviou a ele foram a inspiração da americana Carey Wallace para o romance A condessa cega e a máquina de escrever, que mistura realidade e elementos de ficção ao narrar a história desses dois personagens. Nascida em uma família rica e tradicional, a condessa Carolina Fantoni descobre, aos 18 anos, que está ficando cega. Sem saber o motivo, ela perde a visão aos poucos, e quando tenta contar aos pais e ao noivo o que está acontecendo, ninguém a leva a sério. Somente Turri, um excêntrico inventor de quem é amiga desde a infância, entende a gravidade da situação e lhe dá um presente muito especial: uma máquina de escrever criada por ele para que ela possa se comunicar por carta com quem quiser, sem a ajuda de ninguém. Em seu aniversário de sete anos, Carolina ganhou do pai um lago construído em um trecho isolado da propriedade da família. Apaixonada pela solidão, a menina tinha permissão para passar dias e noites em uma pequena cabana construída às margens do lago. É lá que ela se torna amiga de Turri, um rapaz dez anos mais velho e muito criativo, vizinho dos Fantoni. Os anos passam e a amizade entre Carolina e Turri se torna cada vez mais forte. Ele faz questão de mostrar a ela suas invenções e os dois ficam horas conversando. Mas, quando a filha cresce, o casal Fantoni passa a ver com desconfiança essa relação, especialmente depois que Turri se casa com Sophia, cinco anos mais moça do que ele, e Carolina fica noiva do jovem Pietro. Ainda assim, os dois conseguem manter contato, encontrando-se no lago, mesmo depois da visão da condessa ser praticamente tomada pelas sombras que aumentavam cada vez mais rápido. Carey Wallace cria uma trama de amor, amizade e companheirismo, que conquista e envolve os leitores aos poucos, na mesma proporção em que aumentam, na história, o afeto entre Carolina e Turri e a cegueira da protagonista. A condessa cega e a máquina de escrever mistura elementos dos romances góticos e vitorianos para revelar a construção do amor e o triunfo da imaginação sobre as adversidades.



Todos os dias em ToscanaFrances Mayes

A norte-americana Frances Mayes colhia amoras com amigos na Toscana quando avistou um chalé parcialmente em ruínas, cercado de castanheiros e carvalhos. Foi, como ela própria relata, uma atração fatal que a levou a comprar e restaurar o imóvel, que deu o nome de Bramasole. A experiência de dar vida a este sonho e as lembranças e impressões que teve da cultura italiana deram origem aos bestsellers Sob o sol da Toscana e Bella Toscana. Agora, duas décadas depois, Mayes lança Todos os dias na Toscana, novo relato de viagens e impressões cotidianas que adquiriu sobre si mesma e sobre o lugar que escolheu para construir seu lar. Poetisa e professora de Literatura em San Francisco, Frances Mayes conheceu a fama internacional em 1996 com Sob o sol da Toscana, livro que se manteve por mais de dois anos e meio na lista dos mais vendidos do The New York Times e ganhou as telas do cinema em 2003, com Diane Lane no papel principal. Na sequência de seus sucessos anteriores, a autora realiza um mergulho nas raízes da região que a fascinou e narra um pouco mais de seu caso de amor com o povo, a arte, cultura e gastronomia toscanas. Em retrospecto, a autora acessa memórias mais antigas: infância, adolescência, e sua rotina à época que vivia em São Francisco, na Califórnia, se mesclam às reflexões sobre seus anos na Itália. Estão lá suas impressões sobre o universo das artes, as relíquias sacras, paisagens e pinturas de artistas renascentistas, como o pintor nascido em Cortona, Luca Signorelli. De recordações a reflexões sobre a arte à rotina de serviços domésticos, a autora discorre sobre todas as sensações que emergem de sua estada na Toscana.

CarnavalLuiza Trigo 

Carnaval com as primas no Recife: praias, música, amigos, sol, diversão... A receita ideal para Gabriela curar a dor de cotovelo depois de ver o ex-namorado beijando uma garota. Para falar a verdade, ela nem gostava mais dele, e era capaz de enumerar seus defeitos sem pestanejar; mas vê-lo assim aos beijos mexeu com o coração da menina. Decidida a esquecer o ex de uma vez, Gabi faz as malas e deixa o Rio para uma semana de muita curtição no Nordeste. Ela só não contava com a possibilidade de se apaixonar de verdade em pleno Carnaval! Escrito pela carioca Luiza Trigo, Carnaval conta a história de Gabi, Felipe, Pedro, Juju e Bel, e de um Carnaval inesquecível emoldurado pelas belezas de Pernambuco. Em meio a festas animadas, shows, esticadas até Porto de Galinhas e deliciosos mergulhos e banhos de piscina, Gabi acaba se envolvendo com Pedro, um garoto superfofo e gente boa. Mas quem vai mexer de verdade com o coração da menina é Felipe, pena que ele não esteja solteiro... Apesar das confusões à vista, a química entre Gabi e Felipe é mais forte, e os dois vivem um intenso amor de carnaval. Mas será que esse amor tem chances de sobreviver ao tempo e à distância, quando a quarta-feira de cinzas chegar, e com ela os últimos dias da viagem de Gabi? Carnaval é um romance juvenil com o qual qualquer adolescente vai se identificar.
Sangue, Ossos e MadeiraGabrielle Hamilton 

Quando criança, Gabrielle Hamilton, atualmente proprietária do badalado restaurante Prune, no East Village, em Nova York, viveu em fazendas e teve contato com a vida pulsante do campo, suas densas florestas, riachos e seus celeiros centenários. Neste cenário exuberante e bruto, a autora, filha caçula de uma leva de cinco irmãos, constrói as primeiras páginas de Sangue, ossos & manteiga, seu autobiográfico romance de estreia. O livro, que lança o leitor em um mundo sensorial pleno de imagens, cheiros e texturas, vai além de um registro de memórias escrito em primeira pessoa e capaz de revelar a trajetória pessoal e profissional da chef de cozinha. Gabrielle Hamilton investe na narrativa, nos detalhes e sentimentos das personagens descritos minuciosamente sem perder a leveza. A relação com os pais, particularmente com a mãe, francesa e muito habilidosa na cozinha, se desenha através dos acontecimentos e também da impressão que eles causam. As caminhadas com a mãe na primavera, na floresta próxima da casa da família, despertaram na escritora os sentidos tão preciosos para quem lida com odores e sabores. Desta maneira, rememora, ela aprendeu, por exemplo, a distinguir os verdadeiros chanterelles de seus similares alaranjados venenosos e a colher dente-de-leão e montar uma salada, usando muita gordura, ovos e bacon para temperar o amargor. Enquanto a maioria das mães estava sempre alerta pra impedir que seus filhos enfiassem pedaços de pau, pedras ou insetos na boca, a sua, pelo contrário, a “trancava fora de casa” todos os dias, mesmo na chuva, e demonstrava como comer lesmas e grama. O aprendizado de Gabrielle também incluiu a separação brusca dos pais. Este fato que deixou traumas a obrigou a olhar o mundo e as complexas relações humanas com maior maturidade. As dificuldades financeiras, a sensação de ter sido abandonada pelos pais, principalmente pela mãe, e também sua sagacidade a impulsionaram a procurar os primeiros trabalhos em restaurantes ao mesmo tempo que concluía os estudos do ensino médio. Aos 16 anos, apostando no melhor, mudou-se para Nova York levando consigo apenas 235 dólares no bolso. Mas esta era ainda uma mudança provisória, pois ela retornaria para sua cidade natal devido às complicações e encrencas arrumadas na metrópole. Assim, sem nenhuma decisão ou desejo consciente de sua parte, a autora acumulou 20 anos de experiência na cozinha, contados a partir do bico lavando pratos na adolescência. Gabrielle trabalhou para bufês, colônias de férias, restaurantes, fazendo contato com uma diversificada gama de clientes e paladares: de crianças que comiam feito porcos a apreciadores e conhecedores do ofício, gente capaz, por exemplo, de diferenciar um lingueirão de uma lula. Ao mesmo tempo uma grande inquietação a movia, fruto do contato com artistas e escritores. As vésperas de seu trigésimo aniversário ela pensa em investir na carreira literária. Algum tempo depois se matricula no curso que a tornará mestre em belas-artes, na área de literatura, pela Universidade de Michigan.
Sangue, ossos & manteiga prova que ela se tornou uma pessoa bem-sucedida em ambas as áreas: a cozinha e a literatura. Seu restaurante, na prática um lugarzinho independente de trinta lugares, cujas reservas são disputadíssimas, consegue faturar anualmente dois milhões de dólares; seus textos, celebrados e publicados no The New York Times e nas revistas GQ e Bon Appetit, seduzem leigos e especialistas. No livro, ela junta seus maiores talentos para narrar sua trajetória – da infância à maturidade, passando pelas hesitações da juventude –, e fisga o leitor pelo estômago com sua prosa de dar água na boca. 

O Diário de um anjoCarolyn Jess-Cooke 

Uma fonte de água corrente translúcida e límpida, semelhante a uma cascata, brota dos ombros de Ruth. E, na verdade, aquela fonte borbulhante compõe suas asas. Aparentando ter uns vinte e poucos anos e com um lindo cabelo que chega aos ombros em cachos espirais, Ruth é ligeiramente luminosa, como se luzes minúsculas circulassem por suas veias. Ruth agora é um anjo da guarda. Alguns deles são mandados de volta para cuidar de irmãos, filhos, pessoas com quem se importavam. Mas Ruth recebeu outra incumbência. Ela deveria cuidar de Margot Delacroix, ela mesma em outra existência e dimensão. Este é o ponto inicial da trama de O diário do anjo da guarda, da escritora irlandesa Carolyn Jess-Cooke. Nele, a autora aborda a espiritualidade com encanto e sutileza. Encontrada assassinada num quarto de hotel em Nova York, Margot terá, com a ajuda de Ruth, uma outra chance e poderá refazer sua trajetória. Mas, para cuidar de Margot, Ruth deve obedecer a quatro regras, ditadas pela sua orientadora, o arcanjo Nandita. A primeira é que ela será testemunha de tudo o que sua protegida fizer, tudo o que ela sentir, todas as experiências. A segunda é que Ela deve proteger Margot, pois muitas forças tentarão interferir nas suas escolhas. Além disso, como anjo, ela deve manter um registro de tudo o que acontecer. Mas acima de qualquer orientação recebida por seus superiores, Ruth deve amar Margot. O que sutilmente significa aprender a amar a si mesma. A lição será apreendida passo a passo. Ruth acompanha e auxilia no doloroso parto de sua protegida e de uma só vez presencia a morte da sua mãe e a chegada tardia de seu jovem pai, pessoas que nunca conhecera naquela existência. Dotada de poderes especiais, ela pode ler pensamentos, ver através do corpo humano, detectar detalhes do funcionamento de órgãos humanos e possíveis doenças. Como anjo da guarda, porém, ela não pode interferir nas escolhas da menina, mas tem permissão para inspirar pessoas próximas e aliviar o sofrimento inevitável que ela teria que atravessar. Adotada nos primeiros dias de vida por Bern, um advogado bem-sucedido, e Una, uma mulher sensível e delicada, Margot teria tudo para se tornar uma pessoa ajustada, com grande probabilidade de ter uma tendência menor para a autossabotagem. No entanto, o fio do destino atuou negativamente. Os pais morrem na explosão de um carro causada por um terrorista. Desamparada, Margot é adotada pelo casal Padraig e Sally Teague, cujos sorrisos são tão falsos como suas intenções. A decisão da guarda da menina foi tomada numa manhã ensolarada, depois que Padraig leu no jornal um anúncio que procurava pais adotivos pelo valor considerável de 25 libras por semana. Com este status, eles poderiam manter o trabalho de imigração ilegal. Abandonada, desnutrida, maltratada e até espancada, Margot sobreviverá graças à atuação de Ruth, que inspira outras pessoas a ajudarem a pequena órfã. Em O diário do anjo da guarda, Carolyn Jess-Cooke conduz o leitor a um universo de seres angelicais capazes de fazer a diferença quando a vida torna-se dura e violenta. Nele, ninguém está desprotegido. Basta acreditar.

Fablehaven III: Nas garras da praga das sombrasBrandon Mull 

Os irmãos Kendra e Seth estão de volta, prontos para encarar uma nova aventura no santuário mágico de Fablehaven. Mas coisas muito estranhas vêm acontecendo na reserva de seres encantados que fica dentro da fazenda dos avós dos irmãos Sorenson. Em Nas garras da praga das sombras, terceiro volume da série Fablehaven, de Brandon Mull, uma praga está à solta e ameaça transformar criaturas mágicas benignas em perigosos seres das trevas. Gnomos, fadas, bruxas e outras criaturas míticas que vivem em Fablehaven correm o risco de desaparecer para sempre, caso a misteriosa infecção não seja debelada. E além de lutar contra esta terrível praga, Kendra e Seth sabem que precisam encontrar um novo artefato mágico antes que ele chegue às mãos das perversas criaturas da Sociedade da Estrela Vespertina, uma entidade maligna com sede de poder. Tudo indica que os irmãos têm uma perigosa jornada pela frente, e precisam tomar muito cuidado ao escolher seus aliados, pois eles sabem que há um traidor à espreita. Nesta trama de mistério, ação e fantasia, cada passo dos personagens revela uma surpresa; e cada capítulo, uma nova emoção. Será que Kendra e Seth conseguirão vencer esta corrida contra o tempo e impedir que as forças do mal levem as criaturas mágicas de Fablehaven à extinção?

Depois de vocêJulie Buxbaum 

Aos 35 anos, Ellie Lerner acredita já ter passado por sua cota de sofrimento, causada pela perda do filho que esperava, até receber outra notícia devastadora: sua melhor amiga, companheira de décadas, sua quase irmã Lucy, estava morta. Assassinada a poucos metros de casa numa tranquila rua de Londres, na frente da filha de oito anos. Arrasada pela perda, Ellie atravessa o Atlântico e se muda para a casa de Lucy, onde aprenderá - e ensinará a pequena Sophie e seu pai, Greg – a conviver com a dor da perda, sentimento esse que recrudesce conforme surgem fatos da vida de Lucy que ela, Ellie, até então desconhecia. Servindo de apoio a pessoas que lhe são pouco mais que estranhas, Ellie também descobrirá como reparar suas próprias feridas, abertas desde a perda de seu filho, Oliver, e aumentadas pela inabilidade em salvar o desgastado relacionamento com o marido, Phillip. Em seu segundo romance, a americana Julie Buxbaum burila, com uma prosa suave e concisa, uma espécie de conto de fadas sem mágica, onde a mocinha - ao contrário da protagonista de O jardim secreto, livro usado por Ellie para tentar trazer Sophie de volta ao mundo - não necessariamente terá um final feliz: perto de completar apenas nove anos, Sophie terá de aprender a conviver com a ausência de Lucy. O que Ellie não sabe é que também ela reaprenderá a conviver com a amiga morta, após a descoberta de segredos que, até então, ela nunca imaginara que existissem. Para piorar, a recuperação de Sophie é demorada, Greg não ajuda muito, e Phillip, cada vez mais impaciente com a esposa longe de casa, decide pedir o divórcio. Em meio a esse turbilhão de problemas, Ellie ainda consegue arrumar uma namorada para o introvertido irmão, Mikey, e assimilar a notícia de que seus pais, separados há décadas, resolveram se casar novamente. Sem Lucy, sem o filho e o marido, Ellie se agarra a Sophie não só para ajudar a filha da melhor amiga, mas para se ajudar: é ela quem precisa reencontrar o caminho para a felicidade, há muito perdido. O irmão parece feliz, os pais tentam ser felizes novamente, e Lucy, antes de morrer, parecia só pensar em ser feliz. Por que só ela, Ellie, não consegue encontrar a felicidade? Uma fortuita visita de Phillip – que vai a seu encontro apenas para lhe dizer que pedirá o divórcio – dará o empurrão que faltava a Ellie.

A Palavra ausenteMarcelo Moutinho 

Um ônibus que circula pela zona sul do Rio; a cabine telefônica de uma associação de moradores; o exíguo boxe de um banheiro. É em espaços assim, onde as dimensões mais corriqueiras articulam o ímpeto de microcosmos sempre surpreendentes, que se desdobram alguns dos contos de A palavra ausente, novo livro do escritor carioca Marcelo Moutinho. Por esses cenários triviais – e, por isso mesmo, tão ardilosos – circulam personagens para os quais a perda, ou a ausência, está sempre à espreita. Aliás, o título do livro já sugere a questão que vai pairar, como uma sombra, sobre as dez histórias. Em dupla acepção semântica, pode aludir à carência da palavra, mas também expressar uma simples menção ao vocábulo “ausente”, à falta de algo, ou de alguém. Algumas vezes, essa ausência se impõe na forma de uma falta intransponível – como em “Água”, no qual um filho dá banho no pai doente, antecipando o vazio do fim, ou “Folia”, em que um mestre-sala vê o seu cotidiano redimensionado pela partida da companheira. Noutras, surge como a aparição da ideia da morte, pela primeira vez, no universo infantil – casos de “Jogo-contra” e “Dindinha”. Há, também, a aflição da perda nas relações amorosas; a espera ainda oclusa pelo surgimento de um filho na rotina de um casal; o silêncio atordoante de um telefone que não toca. E nem sempre a ausência se refere à distância de uma pessoa. No fio que une os contos de A palavra ausente cabe, ainda, o sentimento de perda impulsionado pelo desejo não realizado da própria literatura: caso de “Dona Sophia”, no qual a camareira de um hotel em Manaus é assaltada pelo fascínio da leitura, após o encontro com uma autora célebre. Passando inteiramente ao largo dos lugares-comuns atrelados ao tema, o autor reforça neste novo trabalho o estilo que já havia marcado sua obra anterior, Somos todos iguais nesta noite, também publicada pela Rocco. Os pequenos dramas encenados no espaço urbano são narrados com uma prosa ao mesmo tempo lírica e concisa, que, como destacou Cíntia Moscovich na orelha do livro, realiza um “mergulho corajoso e solidário na densidade humana”. Com maestria literária, Marcelo Moutinho perscruta os meandros da ternura, em histórias que revelam: a delicadeza nunca é simples.

Mulheres que amam demais: Quando você continua a desejar que ele mudeRobin Norwood 

Bestseller do jornal The New York Times – há mais de um ano na lista dos livros mais vendidos –, Mulheres que amam demais – quando você continua a desejar e esperar que ele mude é mais que uma obra de autoajuda: é um verdadeiro manual de sobrevivência para quem não sabe, mas está em um relacionamento destrutivo, comprometendo o bem-estar emocional e, até mesmo, o físico. Traduzido em 25 idiomas e com mais de três milhões de exemplares em países como os Estados Unidos, a China, a Finlândia, a Arábia Saudita e o Brasil, o livro de Robin Norwood ensina que amar demais não é normal, saudável ou desejável. Mais que isso, traça o caminho para sair de uma armadilha perigosa – a de se viciar em relações que nada têm de benéficas, mas são expressões de um padrão de comportamento enraizado dentro de cada mulher que ama demais. Segundo Norwood, uma ex-psicoterapeuta familiar e infantil com grande experiência no tratamento de dependentes de álcool e drogas, amar demais é um vício: a necessidade de desejar e precisar de um parceiro que é inadequado, indisponível ou indiferente, sendo incapaz de abrir mão dele. A razão? Medo, puro e simples, de ser abandonada, de ficar sozinha, de não conseguir mudar aquele homem problemático. Sim, porque para a autora, a síndrome de “amar demais”, com seus pensamentos, sentimentos e reações, tem como uma das características o fato de que as mulheres que se enquadram nessa categoria tentam “salvar” seus parceiros, ou seja, acreditam que, se amados e cuidados, esses homens mudarão graças a e por mulheres tão extraordinárias – elas mesmas. Mas o que a autora mostra por meio de dezenas de entrevistas e exemplos é que, no fundo, quem precisa ser “salva” é a mulher que ama demais, e a responsável por esse resgate é a suposta salvadora de homens. Mulheres que amam demais têm em suas mãos as ferramentas para mudar suas vidas, reconhecendo que as relações que mantêm com os homens são baseadas na codependência, exatamente como alcoólatras e dependentes químicos, e que, na grande maioria das vezes, estão repetindo um modus operandi conhecido: segundo Norwood, mulheres que amam demais cresceram em famílias disfuncionais e não sabem como amar ou ser amadas de uma forma que não as afete negativamente. Para dar um basta a essa face destrutiva do amor, que aceita tudo e sacrifica tudo em nome da sobrevivência de um relacionamento fadado ao fracasso, a mulher que ama demais tem de, primeiramente, reconhecer as origens de seu comportamento e entender que sua condição prejudica a si mesma, e, também, ao parceiro. Norwood apresenta exemplos em que a mulher não só é responsável por perpetuar a conduta distante, agressiva ou indesejada do homem amado, como desiste da relação quando ele realmente muda e passa a ser um companheiro ou pai mais antenado com as necessidades daqueles à sua volta – o homem “salvo” não interessa à mulher que ama demais. Cabe a ela recuperar o controle sobre suas emoções, e logo sobre sua vida, rompendo com os laços que a prendem a uma mentalidade fatalista e abraçando a possibilidade de ser feliz de maneira saudável e feliz.
Sequestro John Grisman 

O misterioso desaparecimento da melhor amiga de Theodore Boone, April Finnemore, leva o intrépido investigador mirim criado por John Grisham a uma nova e eletrizante aventura. O sequestro é o novo livro do mestre dos thrillers de tribunal, e o segundo com o mais jovem jurista de Strattenburg. Filho de advogados, Theodore Boone tem apenas 13 anos, mas conhece as leis melhor do que muitos advogados de sua cidade. A trama começa quando April desaparece no meio da noite. A polícia tem um único suspeito, Jack Leeper, um ex-presidiário, primo distante da jovem, que recentemente fora visto nas redondezas e agora está tão sumido quanto April. Vivendo com pais problemáticos e com o péssimo hábito de abandorem a cidade por dias, April leva uma vida complicada. Nos últimos dias, antes de desaparecer, a menina demonstrava medo de ficar em casa sozinha. Último a falar com April, Theo sabe que ela vinha trancando as portas e usando cadeiras como barricadas, o que torna o seu desaparecimento ainda mais misterioso, já que a polícias não encontra sinais de luta na residência dos Finnemore. Diante do caso, a pequena cidade de Strattenburg logo começa a temer pelo pior. A preocupação de Theo com a amiga e a ausência de resultados concretos da polícia levam o menino a assumir a busca pela amiga. Junto de seus colegas de colégio, Theo começa uma metódica varredura pela cidade atrás de pistas ou qualquer informação que possa levá-los a April. Mas mesmo com toda a disposição do grupo, a esperança começa a diminuir e outros meninos eventualmente começam a desanimar e abandonar a empreitada, deixando Theo e uns poucos amigos sozinhos. A amizade e o carinho que ele tem por April, no entanto, não deixam que o menino abandone sua causa. Com a ajuda de Ike, seu tio e ovelha negra da família, Theo descobre algumas pistas que o levam a uma nova aventura e à possível solução de mais um caso misterioso. Mais uma vez, John Grisham mostra por que é um dos escritores mais lidos do mundo. Com seu talento único, o autor de clássicos do suspense jurídico como A firma e O dossiê Pelicanoapresenta à garotada uma história com a dose exata de mistério e ação para prender o leitor. Sem qualquer parentesco com seres fantásticos, Theodore Boone prova que não é necessário ter poderes mágicos para entrar no hall dos grandes heróis juvenis.
O Alfabeto Perigoso Neil Gaiman Duas crianças corajosas e uma pequena gazela de estimação – carregando um mapa do tesouro – embarcam em uma viagem arriscada e assustadora por 26 versos alfabéticos. Com um cenário repleto de monstros, trolls, bruxas, fantasmas, criaturas com hábitos alimentares duvidosos e outros seres extremamente perigosos, o ilustrador Gris Grimly cria uma atmosfera sádica e ao mesmo tempo sombria que permeia a obra de Neil Gaiman, considerado um dos dez escritores vivos mais importantes da pós-modernidade pelo Dictionary of Literary Biography. Percorrendo um mundo subterrâneo desconhecido, dentro de um bote incomum, os personagens vivenciam algo próximo a um show de horrores em um parque de diversões, mas com direito a gritos abafados, tortas cozidas com ossos humanos, crianças acorrentadas, pirataria e seres estranhos. Com uma linguagem poética e enigmática, a narrativa se desenvolve apontando direções a partir das letras do alfabeto: “S é para – uma Saída? – o Sorriso de uma caveira.” Até encontrar o “X” do tesouro e continuar o percurso buscando para retornar à cidade, as crianças terão que enfrentar essas criaturas e seus truques cruéis acompanhados apenas de seus maiores medos. Elas sairão a salvo de lá? Como o título sugere, o alfabeto em questão é extremamente perigoso e pode conduzir a uma grande aventura ou a um terrível pesadelo, sendo recomendado para aqueles que já conhecem o alfabeto de cor. Os fãs de Gaiman devem ficar atentos, pois as cenas revelam detalhes curiosos que só “um leitor com olhos de lince” poderá perceber.

Clarice na cabeceiraClarice Lispector 

Clarice Lispector escreveu nove romances. Clarice na Cabeceira – Romances reúne não apenas fragmentos dessas obras, mas histórias que revelam a busca, como a autora mesma dizia, pelo que está “atrás de detrás do pensamento”. Antes de cada texto, o organizador da coletânea, o jornalista, escritor e crítico literário José Castello, faz uma síntese do romance em questão e do momento vivido por Clarice ao escrevê-lo. Seguindo a linha dos sucessos Clarice na cabeceira – Contos e Clarice na cabeceira – Crônicas, em que diferentes personalidades apresentam seus textos favoritos da autora, a nova seleção traz o olhar ao mesmo tempo especializado e sensível do jornalista, e funciona como porta de entrada para a obra de Clarice, assim como uma oportunidade de tê-la sempre à mão. Considerada pela crítica brasileira e estrangeira como uma das maiores escritoras do século XX, Clarice Lispector criou histórias densas, protagonizadas por personagens que são ao mesmo tempo fortes, mas repletos de fragilidades. Com Perto do coração selvagem, sua estreia na literatura, a escritora deu vida a Joana, narrando uma história em dois planos: a personagem na infância, convivendo com o pai, e no início da vida adulta, prestes a se casar. Como aponta José Castello, o relato da vida da protagonista é um amontoado de incongruências, sentimentos disformes e vazios. Nada mais adequado à alma feroz de Joana, que não se adapta às boas regras da vida civilizada. O lustre foi iniciado em Belém do Pará, para onde Clarice se mudou ao se casar com o diplomata Maury Gurgel Valente, mas concluído apenas em 1945, ao passar pelo Rio, pouco antes de partirem para a Itália. Desta vez, a protagonista chama-se Virgínia. Ela recorda-se dos dias passados na granja da família, acompanhada pelo irmão Daniel. É nesse cenário que aparece o lustre, uma metáfora, como explica Castello, de um vazio que a protagonista procura preencher com sua existência diária. Terceiro livro de Clarice, A cidade sitiada, foi escrito na Suíça e “alguma coisa da atmosfera gelada impregnou-se em sua escrita”, avalia Castello. A história é protagonizada por Lucrécia Neves, uma mulher para quem as coisas sempre dão errado. Já A maçã no escuro, primeiro romance protagonizado por um homem, foi escrito depois de um longo intervalo e apresenta um tom secreto e introspectivo. O livro conta a história de Martim, que após matar a mulher e ser preso tem planos de escrever um livro. Em sua apresentação, Castello questiona se este livro de Martim não seria A paixão segundo G.H., o romance seguinte de Clarice. G.H. é uma mulher burguesa, que ao fazer uma faxina no quarto de serviço espreme uma barata contra a porta. Esse é o ponto de partida da perturbadora viagem psicológica protagonizada por G.H. Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres é considerado um hino ao amor. Quanto mais se empenha em conhecer Ulisses, menos Lóri o conhece. “É na separação brusca e fatal, e não na união consoladora e perfeita, que o amor surge, Lóri descobre, depois de grande sofrimento”, descreve Castello. Água viva seria o próximo livro, escrito sem pretensões. Clarice tomou notas dispersas durante longo tempo e colocou-as em uma caixa. Um dia, como descreve Castello, ocorreu à autora buscar algum elo entre aqueles escritos e descobriu que ali havia um romance. Assim, criou uma história que podia ser lida de várias maneiras, em várias direções. Publicado em 1977, ano da morte de Clarice, A hora da estrela, que conta a trágica história da nordestina Macabéa, “é uma magistral reflexão a respeito não só da complexidade do real, mas de nossa incapacidade de fisgá-lo”, salienta Castello. Completando a trajetória literária de Clarice Lispector surge Um sopro de vida, escrito enquanto ela preparava A hora da estrela. O livro, acerca da relação tensa entre o autor e uma personagem, porém, ficou inacabado, e foi publicado postumamente.

Os Sonâmbulos Paul Grossman 

As pernas de Marlene Dietrich eram como varinhas de condão, instrumentos finos e hipnóticos que fascinavam milhões, inclusive o detetive Willi que se esforçava por imaginar tais encantos por baixo do terno masculinizado que ela usava na inauguração da mansão de Fritz, um velho companheiro de guerra do inspetor. A mansão, no elegante subúrbio de Grunewald, exalava bom gosto e ostentação, repleta de quadros de Klee e Modigliani. Mas no final de 1932 a ascensão do nazismo era inevitável, e mesmo naquela festa badalada notícias sinistras chegavam a qualquer momento. Apesar de judeu, Willi era admirado em toda Alemanha por capturar criminosos. Naquela noite de comemoração, um telefonema o convoca novamente ao trabalho: o corpo de uma moça, provavelmente norte-americana, aparecera boiando em um rio, na Velha Spandau, um vilarejo digno de cartão-postal na saída da capital. Baseado em fatos reais, Os sonâmbulos é um romance denso e envolvente que conduz o leitor ao submundo de uma Berlim sombria e cada vez mais contaminada pelo medo. Quando a perícia descobre que as pernas da moça jogada no rio foram mutiladas – a fíbula, o osso que vai do joelho ao tornozelo, foi cirurgicamente removida e recolocada na direção oposta, possivelmente por um hábil cirurgião que realizava experiências com corpos humanos –, Willi percebe que não está diante de um crime comum. No entanto, um imprevisto quase o tira das investigações, quando o poderoso general Paul von Hindenburg o convoca para localizar a princesa Magdalena Eugenia, filha de Konstantin Kaparov, rei da Bulgária. Apesar de contrariado, Willi cumpre as ordens. E sem querer, acaba retornando ao seu alvo. Noites antes de desaparecer, Magdalena fora hipnotizada em uma boate conhecida como Klub Inferno. E foi vista pela ultima vez saindo do hotel com um ar autômato, lembrando o comportamento de um sonâmbulo. Intrigados, Willi e Gunther, seu magrelo e sagaz assistente, resolvem conhecer de perto a boate. Composto por um ambiente permeado por caldeirões ferventes de gelo seco que mantinham o local imerso em uma névoa de erotismo permanente, valorizado ainda mais pelas garçonetes com seios à mostra e murais surrealistas sobre o inferno de Dante, o local conta também com a atuação do hipnotizador Gustave, um mágico, fascinado por belas pernas femininas. E esta é apenas a primeira etapa da jornada investigativa do detetive e seu parceiro. A busca por pistas sobre o sumiço de Magdalena revelará detalhes sobre os bastidores da ascensão nazista até então inimagináveis. Com grande habilidade narrativa, Paul Grossman conduz o leitor pelo lado negro da Berlim pré-nazista, com uma prosa que lembra os filmes expressionistas anteriores à eclosão da Segunda Guerra Mundial. Os detalhes das maquinações políticas que levaram à tomada de poder pelos nazistas são verdadeiros. Os locais, na sua maioria são verídicos. As experiências médicas em seres humanos como os transplantes ósseos, as esterilizações e dissecações em pessoas vivas também aconteceram. Tais fatos, aliados a uma trama muito bem articulada, fazem de Os sonâmbulos um romance perturbador e que instiga o leitor a questionamentos que ainda fazem todo o sentido.

DestruidorasSara Shepard 

Quando Spencer Hastings, Emily Fields, Hanna Marin e Aria Montgomery achavam que finalmente teriam um descanso de “A”, a misteriosa figura que mandava e-mails e torpedos ameaçando revelar os segredos das ex-melhores amigas, as quatro se veem envolvidas de novo nas tramoias da pessoa que sabe de todos os seus passos. Mas, desta vez, “A” parece ter um propósito especial: ajudar as adolescentes a descobrir a verdade sobre o assassinato de Alison DiLaurentis, a quinta integrante do grupo de alunas populares que elas formavam na sétima série. Apesar de Ian Thomas, o ex-namorado de Melissa, irmã de Spencer, ter sido apontado como o autor do crime, as meninas juram ter visto o rapaz morto depois de uma festa e, desacreditadas pela polícia, acabam sendo tachadas de mentirosas pela mídia e pela sociedade de Rosewood em Destruidoras, o mais novo volume da série de sucesso Pretty Little Liars. Ansiosas para descobrir o que realmente aconteceu com Alison, as garotas são ainda obrigadas a lidar com uma série de confusões em suas vidas pessoais. Emily está cada vez mais envolvida com Isaac, o jovem que conheceu na igreja, e o romance pega fogo de vez. Mas a mãe do menino, uma ultraconservadora religiosa, mostra que pode ser tão perigosa para a nadadora quanto as ameaças de “A”; Aria é assediada por Xavier, o novo namorado de sua mãe, Ella, e se muda para a casa do pai, Byron, e da namorada dele, Meredith, que estão esperando o primeiro filho juntos. Confusa com os novos arranjos familiares, ela acaba se envolvendo com Jason DiLaurentis, o irmão mais velho de Ali, por quem teve uma queda anos atrás. Mas ele tem seus próprios segredos, e nem os avisos de Emily sobre o temperamento explosivo de Jason convencem Aria de que ela pode estar em perigo. Spencer, por sua vez, continua acreditando que foi adotada desde que sua avó morreu e deixou para todos os netos – exceto ela – uma significativa quantia em dinheiro. Somando esse fato ao aparente descaso dos pais e a explícita preferência deles por Melissa, ela resolve procurar sua mãe biológica, convencida que encontrá-la será a solução para todos os seus problemas. Mas conhecer Olivia Caldwell pode abalar sua vida de uma forma que Spencer nunca sonhou; enquanto isso, Hanna se envolve em um triângulo amoroso com Mike, o irmão caçula de Aria, e Kate, a filha da futura mulher de seu pai. Disposta a tudo para vencer a rival e não deixar que sua quase meia-irmã se torne a garota mais popular de Rosewood Day, Hanna ignora evidências que indicam que a morte de Alison pode não ter nada a ver com Ian Thomas, e sim com outros dois rapazes que estão mais perto do que as quatro adolescentes pensam. Mas não importa o que Aria, Hanna, Emily e Spencer jamais imaginaram sobre “A” e o mistério envolvendo a cruel morte de Alison DiLaurentis... Tudo irá mudar definitivamente no final de Destruidoras, quando as quatro amigas terão a maior surpresa de suas vidas, no desfecho mais emocionante de todos os livros da série publicada pela Rocco no Brasil.

O Caminho da FelicidadeDeepak Chopra 

O propósito da vida é a expansão da felicidade. Mas a maioria das pessoas vive sob a impressão de que ela vem do conforto material, do sucesso, do acúmulo de riquezas, de ser saudável e ter bons relacionamentos. Segundo a Psicologia Positiva, outros fatores podem contar, como a predisposição genética. No entanto, quase 50% do nosso bem-estar depende da disposição para fazer as outras pessoas felizes. Este é um caminho rápido para a felicidade, e, com efeito, duradouro. Em seu novo livro, O caminho para a felicidade suprema, o escritor indiano Deepak Chopra questiona tais afirmações. Sem refutar completamente a importância de tais fatores, o livro aponta outros possíveis caminhos potentes para a realização da felicidade humana. Quando mente, corpo e espírito estão em harmonia, a felicidade é o resultado natural, enquanto os sinais de desarmonia são o desconforto, a depressão, a ansiedade e as doenças em geral. No livro, o autor aponta sete chaves que vão ajudar na construção da felicidade plena e iluminada. É necessário, porém, estar atento aos sinais. Segundo Chopra, o primeiro sinalizador é o corpo. Quando ignoramos o corpo, o colocamos na mesma situação aflitiva de uma criança abandonada. Mas se prestarmos atenção nele, atendendo suas necessidades e respeitando seus limites, nos mantemos ligados à fonte da criação, estaremos mais aptos a percebermos e vivenciarmos a felicidade plena. Outro ponto fundamental é a construção da verdadeira autoestima. No entanto, a maioria das pessoas confunde este conceito com auto-imagem. A autoimagem é criada quando nos identificamos com coisas exteriores a nós, como dinheiro e poder, e ansiamos por aprovação; já a verdadeira autoestima é uma experiência interior que acontece quando nos relacionamos profundamente com nosso verdadeiro ser. Existem também outros empecilhos para a realização humana. Um dos mais graves é o desenvolvimento de hábitos e relacionamentos tóxicos, assim como substâncias tóxicas. Emoções como raiva, ansiedade e culpa, somadas a desequilíbrios no estilo de vida, também colaboram para uma vida infeliz. O grande desafio é superar os condicionamentos e ensinar o cérebro a sentir o mundo de uma maneira direta, sem as toxinas emocionais. Além de evocar conceitos da cultura hinduísta, da meditação e do yoga, o autor estabelece ainda analogia com as novas pesquisas das áreas da psicologia, da neurologia e até da física quântica. Escrito em uma linguagem acessível, e complementado através de exercícios aplicáveis à vida cotidiana, O caminho para a felicidade suprema auxilia na mudança de conceitos arraigados e difíceis de serem transformados. Todos temos interesse em viver em estado de felicidade verdadeira e duradoura. E é estimulante pensar que felicidade gera felicidade. Este sentimento, quando conectado com a consciência plena de si mesmo, tem a capacidade de viajar na velocidade da luz. A obra de Deepak Chopra nos incita a iniciar a viagem com alegria e coragem.

O Natal do Pequeno Nicolau - René Goscinny e Jean-Jacques Sempé 

O fascinante universo do clássico francês O Pequeno Nicolau chega ao sexto livro de oito volumes com histórias inéditas a serem lançadas no Brasil pela Rocco. Desta vez, o esperto e travesso personagem aproveita a chegada do Natal para colocar em prática suas confusões. Ao receber o conselho dos pais de que deveria ser generoso nesta época, e que, ao invés de pedir presentes para ele, deveria pedir para os seus amigos e pessoas que ama, Nicolau cria uma lista de presentes inusitada para o Papai Noel: “O que meus pais gostariam de ganhar seria um carrinho no qual eu possa entrar e dirigir e que anda sozinho sem que seja preciso pedalar e que tem faróis que acendem de verdade. (...) Para mim mesmo, como já disse, não quero nada”. Após um ato de “generosidade” com a família e todos os seus amigos, Nicolau coloca sapatinhos em frente ao aquecedor do seu quarto – já que a casa da família não tem lareira – para receber os presentes. Enquanto seus pais terminam os preparativos, pequenos incidentes transformam-se em grandes ocorrências na visão divertida e inocente do garoto. As artimanhas de Nicolau continuam quando todos chegam à escola exibindo os presentes que ganharam no Natal, e o de Godofredo, que tem o pai muito rico, causa grande disputa entre a turma. Alceu, Rufino, Agnaldo, Eudes, Clotário, Joaquim e Maximiliano também entram em cena, claro, para viver muitas aventuras e confusões ao lado de Nicolau. Tão popular quanto seu conterrâneo O pequeno príncipe, o personagem criado por Goscinny e Sempé ganhou uma série de homenagens na França em seu cinquentenário, em 2009, e foi parar inclusive nas telas de cinema no longa O Pequeno Nicolau, dirigido por Laurent Tirard. Desde 1959, a série O Pequeno Nicolau vendeu mais de nove milhões de exemplares na França e ganhou traduções em 37 línguas. As histórias inéditas da dupla, editadas por Anne Goscinny, filha do escritor, em parceria com o ilustrador Sempé, ultrapassaram a marca de um milhão de exemplares vendidos na França desde que foram lançadas, em 2009. Da série, a Rocco publicou também A volta às aulas do Pequeno Nicolau, As brincadeiras do Pequeno Nicolau, Os vizinhos do Pequeno Nicolau, A viagem do Pequeno Nicolau e As surpresas do Pequeno Nicolau.

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