Capa do livro |
“Talvez Não Tenha Criança no Céu”, de Davi Boaventura, retrata o cotidiano de um jovem em busca de seu espaço.
Uma turma de adolescentes, que enfrenta pela primeira vez os limites que definem a periferia, as classes sociais e o começo da vida adulta, um rapaz sem nome que se autodefine como um zero à esquerda, os últimos dias das férias e uma arma antiga.
Estes são os elementos que formam "Talvez Não Tenha Criança no Céu", trama ousada e irreverente, estreia de Davi Boaventura na literatura, definida pelo escritor Daniel Galera como "um retrato sufocante dos estertores de uma adolescência sem rumo".
Tédio, álcool e falta de perspectivas: uma mistura destrutiva e perigosa nas mãos do autor, que já na sua primeira novela literária se mostra capaz de tirar o fôlego dos leitores, jovens ou adultos.
Davi Boaventura |
Por meio do bom uso da ambiguidade, Davi deixa a todos imaginando e esperando, perplexos, as possibilidades de um incesto, um assassinato e muitas overdoses. Mas sem perder o foco de mostrar, de maneira reflexiva e ágil, os desafios e dificuldades de deixar a adolescência com tão pouca perspectiva pela frente.
"Talvez Não Tenha Criança no Céu" funciona como uma espécie de diário, no qual o mundo parece tão real quanto próximo do leitor, em momentos em que surgem diversas referências, como a banda Legião Urbana e a famosa Macabéia. Ao mesmo tempo, ao enxergar em si próprio uma espécie de Holden Caulfield, personagem de O Apanhador no Campo de Centeio, Boaventura traz ao leitor um modelo universal de inconformismo adolescente, personagem latente em todos nós.
O jovem escritor é uma das apostas da editora Livros de Safra em maio de 2012, através de seu selo Virgiliae, cujos livros de ficção e não ficção possuem conteúdo intelectual e literário, mas que não escorregam nas armadilhas das vaidades dos autores. Em 2011, a Livros de Safra completou seu primeiro ano de mercado com 22 novos livros publicados. Para 2012, a meta é de 46.
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