terça-feira, 15 de maio de 2012

Editora Draco revela capa da coletânea Brasil Fantástico

A editora Draco reveleu através do seu blog a capa da coletânea Brasil Fantástico - Lendas de um país sobrenatural. O objetivo da coletânea é mostrar uma nova perspectiva das lendas do folclore nacional enfatizando o lado mais assustador dessa mitologia que é única. 

A obra contará com 10 contos selecionados pela organização da obra, os contos serão divulgados no dia 15 de junho desse ano. 



Primeira parceria entre o Clube dos Leitores de Ficção Científica – CLFC e a Editora Draco, a coletânea, Brasil Fantástico – Lendas de um país sobrenatural, anunciará o nome dos contos selecionados no dia 15 de junho. Foi um total de 84 submissões com contos de temáticas das mais variadas sempre envolvendo personagens da mitologia brasileira e suas influências da África e de Portugal. Participaram autores de vários estados do Brasil. Além disso, vieram submissões de outros países como Estados Unidos, Portugal e Cabo Verde. 

Os organizadores são: o presidente do CLFC, Clinton Davisson, e a jornalista Grazielle De Marco. A última coletânea lançada pelo Clube foi em 2005, intitulada 20 Voltas ao Redor do Sol, para comemorar os 20 anos de fundação da entidade. A capa é obra de Osmarco Valladão, indicado duas vezes ao troféu HQ Mix, que já fez parceria de sucesso com Clinton Davisson ao desenhar a capa de Hegemonia – O Herdeiro de Basten, já apontada pela crítica especializada como uma das mais bonitas da ficção científica nacional. 

Segundo Clinton, o objetivo da coletânea é mostrar uma nova perspectiva das lendas do folclore nacional enfatizando o lado mais assustador dessa mitologia que é única. “O sucesso fora do país das histórias do norte-americano, Christopher Kastensmidt, baseado em figuras do Brasil, mostrou que nossa mitologia tem tudo para deslanchar. O saci, por exemplo, pode ser hoje visto como uma figura simpática, amiga do Pedrinho do Sitio do Pica-pau Amarelo, da obra maravilhosa de Monteiro Lobato. Mas por isso mesmo ele ficou estigmatizado como um monstrinho sem sal. Está na hora de lembrar que o saci nasceu como uma história de terror que assustou crianças durante mais de 300 anos no Brasil”, lembra Clinton, que elogiou a qualidade dos contos recebidos e afirmou que a selecionar os dez vencedores está sendo um grande desafio. 

Já a jornalista Grazielle de Marco, é leitora assídua de livros de fantasia e ficção científica e ressalta o vasto caminho a ser explorado pela fantasia nacional levando em conta as diversas possibilidades que a mitologia brasileira, africana e portuguesa apresentam. “Eu já morei em Portugal e sei, por exemplo, que a Cuca, é uma história de terror lusitana, conhecida como A Coca, que migrou para Brasil. Apesar das recentes iniciativas de algumas editoras, o folclore nacional ainda é pouco explorado”, destaca. 

Os organizadores também têm planos para fazer um filme curta metragem que servirá de divulgação para a obra. “Temos o roteiro, temos uma produtora de vídeo nos apoiando e temos a história certa. Mas vamos esperar a seleção final porque, até lá, todo o nosso foco está voltando a cumprir o prazo pré-estabelecido de entregar os dez contos selecionados”, explica Clinton.

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