Escrito originalmente como fanfiction de Crepúsculo (Stephanie Meyer), Cinquenta Tons de Cinza alcançou sucesso mundial sem muita explicação. Então, eu me pergunto: ele foi o primeiro romance erótico BDSM do mundo? NÃO! Então por que ele conseguiu ser esse suprassumo da literatura atual? Vamos tentar entender.
Em um mundo onde existem livros de Maya Banks, Lora Leigh, entre outras, E.L. James conseguiu atingir um publico enorme com uma história bem batida: menina ingênua, rapaz fechado, experiente e louco para colocar seu lado dominador em prática com a pura garota (não foge da temática de alguns livros das autoras que citei anteriormente). Anastasia Steele (a menina ingênua), é uma estudante de vinte e poucos anos, que acaba indo fazer uma entrevista com o ricaço Cristian Grey (o rapaz dominador) no lugar de sua colega de quarto que estava doente. A partir do primeiro momento em que eles colocam os olhos um no outro, ela já sente uma coisinha por ele e conforme vai passando alguns acontecimentos, nota-se que ele também gamou nela. Mas ela não imaginava que aquela piscina de águas cinzentas era muito mais funda do que parecia. Grey é um dominador, uma pessoa que tira o prazer do “sofrimento” das pessoas na hora do sexo. Será que Anastasia Steele vai topar ser submissa a ele? Vai. E esse acordo entre os dois tem direito a contrato e tudo (momento tenso, em que me dividi entre risos e caras de nojo).
Conforme a narrativa vai passando, eles vão se envolvendo cada vez mais, e ela vai ficando em dúvida sobre o relacionamento entre eles. Devo confessar que houve momentos do livro em que fiquei com muita raiva dela por esse lenga-lenga que durou da metade do livro até o final. 90% do livro é puro sexo descritivo e é tanto sexo que a pessoa acaba se cansando. Não me entenda mal, não é isso que você está pensando. É cansaço de só ter aquilo pra ler, não ter história, não ter nada de mais. Talvez seja isso que chamou atenção do mundo todo, principalmente das mulheres, o sexo desenfreado e um personagem sedutor e dominante que só quer o bem da companheira.
A escrita é simples, fácil e tão rápida de se ler, que quando você menos espera já está no meio do livro. Talvez isso se deva ao fato de que a autora não mudou muito o formato da escrita da fanfic para o livro e acabou ficando desse jeito. Aliás, já que eu toquei no assunto da fic, o livro tem partes muito parecidas com a obra que serviu de inspiração. Se você leu Crepúsculo, vai conseguir identificar as semelhanças logo nos primeiros capítulos. Mas vamos ao que interessa:
- O livro é bom? É.
- Consegue prender o leitor? Se ele for alguém que gosta de romances de todos os tipos (como eu), sim!
- Dá vontade de ler os outros livros? Com aquele final, claro que sim!
- Mas então por que você acabou com o livro lá em cima? Por que mesmo no meio das coisas ruins, se tem coisa boa; e eu, por incrível que pareça, consegui achar uma nesse livro. Eu não sei ainda o que foi, talvez foi o humor. Por outro lado, se me pedissem pra resumir o fenômeno Cinquenta Tons de Cinza em uma única frase, ela seria: muito barulho por nada.
Enfim, gosto cada um tem o seu. Por isso, leiam e me digam o que acharam; ou, você que leu e concorda comigo/não concorda comigo, pode falar também.
Sobre a Autora:
 | Suelen Dias é formada em Marketing e se aventura diariamente em sua segunda graduação, Jornalismo. Colunista do site Up!Brasil, juntou-se com as amigas para colaborar neste blog. Adora um bom chick-lit, romance e às vezes um drama ou aventura. Super encara, ou melhor, devora livros de banca sem preconceito. |
