Demorou, mas voltamos com nossas indicações!
Essa semana trazemos três clássicos da Literatura Brasileira, aproveitando minhas aulas da disciplina na faculdade. :)
Senhora, de José de Alencar
Aurélia Camargo era uma jovem pobre que vivia com a mãe viúva, Emília. Enquanto era viva, dona Emília esforçava-se para que a filha arranjasse um bom casamento. Entretanto, Aurélia se apaixonou por Fernando, deixando para trás bons pretendentes como sua mãe deseja.
Porém, Fernando a abandonou em troca de um dote mais alto de outra moça. A mãe de Aurélia morreu e a deixou sozinha no mundo. Todavia, Aurélia descobriu ser herdeira da fortuna do avô paterno, até então desconhecido.
Após anos, Aurélia já rica, pede para um amigo oferecer a mão dela para Fernando por um dote muito alto. A única condição é que ele não conheça a identidade da noiva. Com interesse no dote, Fernando aceita e ao descobrir quem é a noiva, lembra-se que Aurélia é um antigo amor.
Depois do casamento, Aurélia revela seu plano a Fernando: o de vingar-se dele. Anos a fio, Aurélia humilha seu marido, que sofre e muda de comportamento. Os poucos, Fernando vai mudando de comportamento e ficando mais humilde. Com o passar dos anos, Fernando consegue juntar o dinheiro para pagar o dote de Aurélia, que se emociona e faz as pazes com o marido.
Memórias Póstumas de Brás Cuba, de Machado de Assis
Publicado em 1881, o livro aborda as experiências de um filho abastado da elite brasileira do século XIX, Brás Cubas. Começa pela sua morte, descreve a cena do enterro, dos delírios antes de morrer, até retornar a sua infância, quando a narrativa segue de forma mais ou menos linear – interrompida apenas por comentários digressivos do narrador.
Lira dos vinte anos, de Alvares de Azevedo
O livro é dividido em duas partes, onde na Primeira Parte de Lira dos Vinte Anos predomina a poesia mais sentimental, o devaneio do primeiro Byron e de Musset. Pontificam o medo de amar, o desejo vago por virgens inatingíveis, o sentimento de culpa frente aos desejos carnais e o fascínio com a morte. Trata-se de uma poesia de seres imaginários e idéias abstratas vagando na noite enevoada. Na Segunda Parte de Lira dos Vinte Anos, Álvares de Azevedo envereda por um romantismo irônico e sarcástico. Sem abandonar os temas do amor e da morte, representados sempre sob o manto da noite sombria, passa agora a “falar com coisas” (para usar o termo de João Cabral de Melo Neto) - a poetizar os objetos que o rodeiam. Vai agora, em processo claramente metalingüístico, dia-logar ironicamente com os grandes autores do romantismo. Escreve sobre os charutos, sobre uma queda de cavalo (intuição?), sobre o dinheiro (ou a falta deste), em suma, sobre temas corriqueiros que não cabiam na poesia onírica e sentimental da Primeira Parte.
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