Nascido no restaurante chamado Via Brasil, o projeto cultural Brazilian Endowment for the Arts, criado pelo professor Domício Coutinho, tem como principal objetivo divulgar a literatura brasileira aos americanos. As reuniões, que acontecem no Consulado Brasileiro, em Manhattan, contam com leituras e debates sobre nossos autores, além de apresentá-los aos cidadãos locais.
Em 2012, o projeto focará nas escritoras tupiniquins, e a primeira homenageada foi a poetisa Cora Coralina. Além do que já é de costume nas reuniões, o encontro contou com a participação da filha mais nova da autora, Vicência, que participou por videoconferência.
Somente em 1965, aos 75 anos, Ana Lins dos Guimarães Peixoto Brêtas conseguiu realizar o sonho de publicar o primeiro livro, Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais. A escritora viveu por muito tempo de sua produção de doces, até ficar conhecida como Cora Coralina, a primeira mulher a ganhar o Prêmio Juca Pato, em 1983, com o livro Vintém de Cobre – Meias Confissões de Aninha. Após entrevista ao vivo via Skype com Vicencia Brêtas Tahan, filha da escritora, haverá leitura de poemas de Cora Coralina.
Cecília Meireles também já foi homenageada pelo projeto. A próxima autora será Clarice Lispector.
Para fechar a postagem, que tal um poema de Coralina?!
Aninha e suas pedras
Não te deixes destruir...
Ajuntando novas pedras e construindo novos poemas.
Recria tua vida, sempre, sempre.
Remove pedras e planta roseiras e faz doces.
Recomeça.
Faz de tua vida mesquinha um poema.
E viverás no coração dos jovens e na memória das gerações que hão de vir.
Esta fonte é para uso de todos os sedentos.
Toma a tua parte.
Vem a estas páginas e não entraves seu uso aos que têm sede.
Cora Coralina (Outubro, 1981)
Para fechar a postagem, que tal um poema de Coralina?!
Aninha e suas pedras
Não te deixes destruir...
Ajuntando novas pedras e construindo novos poemas.
Recria tua vida, sempre, sempre.
Remove pedras e planta roseiras e faz doces.
Recomeça.
Faz de tua vida mesquinha um poema.
E viverás no coração dos jovens e na memória das gerações que hão de vir.
Esta fonte é para uso de todos os sedentos.
Toma a tua parte.
Vem a estas páginas e não entraves seu uso aos que têm sede.
Cora Coralina (Outubro, 1981)
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